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memória
Propina a diretor deflagrou maior crise do governo
DA REDAÇÃO
O uso político da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos deflagrou a mais grave
crise do governo Lula. O escândalo veio a tona em maio
de 2005, com a divulgação de
gravação que flagrou o ex-funcionário Maurício Marinho recebendo R$ 3.000 de
propina. No vídeo, ele citou o
então deputado petebista
Roberto Jefferson.
Três semanas após a acusação, em entrevista à Folha,
Jefferson denunciou o mensalão -mesada de R$ 30 mil
do PT a deputados do PP e
do PL em troca de apoio ao
governo- e disse que os operadores eram o publicitário
Marcos Valério e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares.
À CPI dos Correios Marinho lançou suspeita sobre
ingerência em contratos da
estatal. A comissão concluiu
que Jefferson quis estabelecer "rede de influência (...)
baseada na indicação política para a ocupação de cargos
com vistas à captação de recursos para financiamento
eleitoral". O ex-deputado é
acusado de crime eleitoral,
crime contra a ordem tributária e corrupção passiva.
Marinho foi acusado por
corrupção passiva.
O Tribunal de Contas da
União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU)
detectaram prejuízo de pelo
menos R$ 121 milhões na estatal, concentrados na área
de transporte aéreo de cargas e aquisição de produtos e
serviços de informática. Os
dirigentes envolvidos no escândalo, supostamente ligados ao esquema político do
PTB, foram afastados no ano
passado.
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