São Paulo, sexta-feira, 07 de julho de 2006

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Tucano ironiza e diz que Lula é "bem riquinho" para ser candidato dos pobres

DA ENVIADA ESPECIAL A FLORIANÓPOLIS

O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, foi irônico ontem, em Santa Catarina, ao comentar a evolução do patrimônio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que quase dobrou desde sua posse. "Não fiz nenhuma conta. Agora, a única coisa que chama a atenção é que o candidato dos pobres é bem riquinho, né?".
O tucano descartou, entretanto, a necessidade de investigação do que foi declarado pelo petista à Justiça Eleitoral.
Em Florianópolis para a abertura oficial da campanha, Alckmin prometeu "acabar com a roubalheira e o desperdício". Também deixou claro qual será o discurso para neutralizar o impacto de programas como Bolsa-Família: que "as pessoas querem trabalhar, trabalhar".
Ora citando Lindaura, sua faxineira, ora lembrando as cartas que recebia quando governador, Alckmin insistiu na linha de que o trabalho dá dignidade. Ele não fixou metas, mas, a exemplo de Lula em 2002, disse que o país precisa abrir 1,6 milhão de novas vagas de trabalho por ano. "O Brasil é um país jovem. Essa juventude que está chegando precisa ter uma oportunidade."
Repetindo que o "Brasil vai acabar exportando emprego", prometeu estimular o setor produtivo. Outra vez, acusou o governo de gastar R$ 5 milhões por dia, em "publicidade enganosa". "Meu Primeiro Emprego? Não existe. Fome Zero? Não existe. Banco Popular? Não existe", disse ele, listando ainda uma série de obras, como a duplicação de estradas.
A amplitude da aliança pesou para que Alckmin escolhesse Santa Catarina como o ponto de partida da campanha. Lá, PFL e PMDB costuraram uma inédita composição, que inclui ainda PSDB e PPS. O ex-governador do Estado, Luiz Henrique da Silveira (PMDB) renunciou ao cargo ontem para concorrer à reeleição.
(CS)


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