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Passado não pode condenar, dizem senadores
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Integrantes do Conselho de Ética do Senado defendem a tese de que Gim
Argello não poderá ser investigado por supostas irregularidades que tenha
cometido antes de assumir o mandato. A história
mostra, entretanto, que o
Congresso já cassou parlamentares por acusações
anteriores à posse.
Leomar Quintanilha
(PMDB) corroborou ontem as declarações de Demóstenes Torres (DEM)
de que processo por quebra do decoro é para desvios durante o mandato.
"Antes disso, há outros
órgãos e instituições responsáveis por analisar, como o Ministério Público",
disse Quintanilha. O corregedor do Senado, Romeu Tuma (DEM), diz que
vai investigar Gim Argello
assim que ele tomar posse.
Na Câmara, uma recente interpretação do Conselho de Ética diz que, se as
acusações eram conhecidas na data da eleição, não
deve haver processo, já
que o eleitor teria dado seu
"voto de inocência". Pela
tese, Argello poderá ser investigado, já que algumas
das suspeitas não eram
públicas em outubro.
Em ao menos quatro
ocasiões, o Congresso driblou a tese de que processos só se relacionam a atos
do mandato. Na Câmara,
Pinheiro Landim (CE),
acusado em esquema de
venda de sentenças, renunciou para escapar de
processo, em 2002. Reeleito no mesmo ano, teve o
processo retomado em
2003, pelo mesmo motivo,
e acabou renunciando.
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