São Paulo, sábado, 07 de julho de 2007

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PF indicia casal Garotinho por corrupção eleitoral

Ex-governador diz ser vítima de "perseguição"

DA SUCURSAL DO RIO

A Polícia Federal indiciou os ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, o deputado federal Geraldo Pudim (PMDB) e o deputado estadual Álvaro Lins (PMDB-RJ) por corrupção eleitoral. O relatório do inquérito diz que eles prometeram contratação de concursados da Polícia Civil em troca de votos.
O documento foi enviado ao Procurador-Geral, Antonio Fernando de Souza, pois envolve um deputado federal. Ele decidirá se o inquérito será desmembrado. De acordo com a PF, o grupo prometeu convocar os aprovados em concurso da Polícia Civil do Rio de 2005 em troca de votos. Cada integrante de uma associação dos aprovados teria se comprometido a conseguir mais 50 votos.
Segundo a PF, Lins, ex-chefe de Polícia Civil, e Garotinho falam sobre mudança no edital que permitiria a convocação. Garotinho teria encontrado suposto representante dos aprovados no Palácio Guanabara.
Garotinho não foi localizado pela Folha. Em seu blog, disse que ninguém pode ser "indiciado pela intenção" de chamar aprovados em concurso. "Estamos sendo vítimas mais uma vez de perseguição", escreveu.
No blog, afirmou que o governador Sérgio Cabral foi a um encontro ao lado de Pudim, onde "assinou documento se comprometendo a chamá-los em janeiro". O procurador da República Rogério Nascimento diz que Cabral foi denunciado, mas o TRE o retirou do processo de cassação de diploma.
Pudim disse, em nota, que "é lamentável" ter de passar por uma "condenação moral injusta" sem direito à ampla defesa.


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