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PF indicia casal Garotinho por corrupção eleitoral
Ex-governador diz ser vítima de "perseguição"
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Federal indiciou os
ex-governadores do Rio Anthony Garotinho e Rosinha
Matheus, o deputado federal
Geraldo Pudim (PMDB) e o deputado estadual Álvaro Lins
(PMDB-RJ) por corrupção
eleitoral. O relatório do inquérito diz que eles prometeram
contratação de concursados da
Polícia Civil em troca de votos.
O documento foi enviado ao
Procurador-Geral, Antonio
Fernando de Souza, pois envolve um deputado federal. Ele decidirá se o inquérito será desmembrado. De acordo com a
PF, o grupo prometeu convocar
os aprovados em concurso da
Polícia Civil do Rio de 2005 em
troca de votos. Cada integrante
de uma associação dos aprovados teria se comprometido a
conseguir mais 50 votos.
Segundo a PF, Lins, ex-chefe
de Polícia Civil, e Garotinho falam sobre mudança no edital
que permitiria a convocação.
Garotinho teria encontrado suposto representante dos aprovados no Palácio Guanabara.
Garotinho não foi localizado
pela Folha. Em seu blog, disse
que ninguém pode ser "indiciado pela intenção" de chamar
aprovados em concurso. "Estamos sendo vítimas mais uma
vez de perseguição", escreveu.
No blog, afirmou que o governador Sérgio Cabral foi a
um encontro ao lado de Pudim,
onde "assinou documento se
comprometendo a chamá-los
em janeiro". O procurador da
República Rogério Nascimento
diz que Cabral foi denunciado,
mas o TRE o retirou do processo de cassação de diploma.
Pudim disse, em nota, que "é
lamentável" ter de passar por
uma "condenação moral injusta" sem direito à ampla defesa.
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