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São Paulo, quinta-feira, 07 de agosto de 2003

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Reforma deve durar só 11 anos, afirma Aécio

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE

O governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), afirmou que a reforma da Previdência não foi a que os governadores gostariam e que, em vez de durar de 20 a 30 anos, durará 11 anos. Ainda assim vê avanços no texto, sendo isso o mais importante.
Mas o principal recado que Aécio quis transmitir foi que o comportamento dos governadores será diferente na outra reforma, a tributária. Eles terão uma ação política muito mais contundente no Congresso, defendendo com afinco os interesses dos Estados.
Na sexta, antes da reunião com Lula, os governadores representantes das cinco regiões do país irão ao Congresso para se reunir com os presidentes do Senado e da Câmara, respectivamente José Sarney (PMDB-AP) e João Paulo Cunha (PT-SP), além dos líderes dos partidos, anunciou Aécio.
"Vamos dizer aos presidentes da Câmara e do Senado que essas matérias [da tributária] serão discutidas por nós permanentemente dentro do Congresso, à luz da realidade, hoje, dos Estados, dos municípios e da Federação."
Mesmo afirmando que queria se "resguardar" para a reforma tributária, Aécio comentou a votação da madrugada de ontem do texto da reforma previdenciária, sem, no entanto, falar dos destaques que ainda serão votados.
"O texto ainda traz benefícios, talvez não na profundidade que nós gostaríamos e pela qual trabalhamos, mas a reforma não foi de forma alguma ferida de morte."
"Se não foi possível fazer uma reforma por 20 ou 30 anos, fizemos uma reforma que durará 11 anos. Daqui a 11 anos, outros terão que fazer uma nova reforma".
O governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto (PMDB), criticou ontem a manutenção, na reforma previdenciária, de três subtetos para o funcionalismo nos Estados, dizendo que "vai aumentar a distorção entre os três Poderes". Rigotto disse acreditar que tais distorções poderão levar a ações na Justiça pedindo a inconstitucionalidade de alguns pontos do projeto.
Para ele, a adoção de subtetos diferenciados é "o erro mais grave" da reforma previdenciária aprovada em primeiro turno pela Câmara. (PAULO PEIXOTO)


Colaborou LÉO GERCHMANN, da Agência Folha, em Porto Alegre

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