DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-ministro José Dirceu diz que Rudá Ricci "fez um discurso sem fatos". "É uma acusação política sem base na realidade", afirma.
Dirceu alega que ganhou várias eleições diretas, em processos internos "intensos e não-centralizados" que duravam meses. "Os processos e disputas foram muito duros", afirma.
"Ninguém foi excluído na minha gestão", diz. Ele nega também que tenha feito uma "politização acelerada", afastando a base social: "O PT é um partido de massas, não é fechado."
A título de negar que tenha havido o afastamento de intelectuais, cita o fato de Plínio de Arruda Sampaio ser um dos candidatos à presidência do PT.
Ao depor ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, na terça-feira, Dirceu disse que o PT não é um partido stalinista. "Eu não tenho grupo do José Dirceu no PT", afirmou. "Não há partido, pode haver igual, mais democrático que o PT."
Jorge Lorenzetti, ex-secretário de formação da CUT, nega que tenha havido centralização e controle da máquina sindical. "Ao contrário, fizemos um trabalho amplo de formação sindical democrático e autônomo, com participação efetiva da base. Criamos escolas regionais em todo o país, num processo descentralizado."
Atual diretor de administração do Besc (Banco do Estado de Santa Catarina), ele afirma que "a CUT recebeu recursos internacionais de diferentes organizações, em solidariedade e sem qualquer vínculo político".
Gilmar Carneiro não foi localizado e não respondeu aos pedidos de entrevista deixados em sua residência.


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