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Trajetória inclui
banco e privatização
da Redação
Alcides Lopes Tápias trabalhou
no Bradesco por quase 40 anos.
Saiu em fevereiro de 96, alegando
"motivos pessoais".
À época, o mercado atribuiu sua
decisão ao processo sucessório no
banco.
A rentabilidade do Bradesco em
95, último ano em que Tápias
ocupou a vice-presidência, foi de
11,2% sobre seu patrimônio líquido, bem próxima dos 12,1% obtidos em 94.
Para garantir essa rentabilidade,
o banco investiu milhões de dólares em tecnologia e reduziu seus
custos operacionais.
Em fevereiro de 86, o Bradesco
tinha 140 mil funcionários. Dez
anos depois, essa cifra tinha caído
para apenas 48 mil.
Camargo Corrêa
Após a saída do Bradesco, Tápias, que trabalhava no banco
desde 57, assumiu a presidência
da construtora Camargo Corrêa.
Em 96, a empresa tinha 17 mil empregados, R$ 2,8 bilhões de patrimônio líquido e receita líquida de
R$ 1,6 bilhão.
A entrada de Tápias na Camargo Corrêa tinha como objetivo
profissionalizar a direção da empresa, que desde 94 era presidida
por Dirce Navarro de Camargo,
viúva do fundador do grupo, Sebastião Camargo.
Quando assumiu a Camargo
Corrêa, Tápias fez parte de uma
redefinição da estratégia da empresa e estabeleceu como prioridade participar de concessões nas
áreas de energia elétrica, estradas
e telecomunicações.
Como resultado, surgiu a VBC,
união da Votorantim, Bradesco e
Camargo Corrêa que participou
de diversos leilões de privatização.
Em 96, ao assumir a presidência
da empresa, elogiou o processo de
desestatização, que teria o ritmo
próprio da democracia.
"Se houver precipitação poderia
haver uma volta atrás, o que seria
desastroso", afirmou.
O novo ministro exerceu também, no período de 91 a 94, a presidência da Febraban (Federação
Brasileira das Associações de
Bancos) e foi membro, no mesmo
período, do Conselho Monetário
Nacional.
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