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OUTRO LADO
Órgão diz que "problema não era generalizado"
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção do Sebrae de São
Paulo admite que houve fraudes na execução do Brasil Empreendedor, mas afirma que
esse não era um problema generalizado e que as denúncias
que chegaram a seu conhecimento foram apuradas.
"Descredenciamos entidades
que cometeram irregularidades e que não estavam prestando um serviço satisfatório",
afirma José Eduardo Giorfi,
executivo do Sebrae que até o
ano passado era responsável
pelo programa em São Paulo.
De acordo com ele, R$ 3,1 milhões deixaram de ser repassados a entidades problemáticas.
Giorfi diz que os bebês que
aparecem numa das planilhas
do Sebrae são fruto de erro de
preenchimento e que nem todos os CPFs repetidos representam fraude. Nem mesmo
aqueles que foram repetidos
centenas de vezes.
Embora admita que não há
certeza absoluta do que aconteceu, o executivo do Sebrae diz
que grande parte das repetições devem ter sido causadas
por confusão.
"Muitas vezes a pessoa aparecia para fazer a inscrição sem
documento, ficava de trazer no
dia seguinte e o responsável
preenchia qualquer número na
ficha de inscrição", afirma
Giorfi. "Só que depois todo
mundo esquecia e o CPF ficava
errado mesmo."
Para Edson Ferman, ex-diretor do Sebrae, as falhas são consequência da ampliação muito
rápida da meta de capacitações, que foi dobrada. "Se cometemos erros, foi tentando
acertar", diz Ferman.
Giorfi não aceita o argumento de que o programa desviou-se de seu objetivo nem o de que
houve demagogia.
"O programa não é assistencialista, mas ele inegavelmente
teve um caráter social", diz
Giorfi. "Procuramos democratizar porque o programa é de
inclusão social também."
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