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RETA FINAL
Executivo prepara medida provisória para criar 51 cargos especiais
Governo finaliza a sede e a agenda para a transição
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Independentemente do resultado do primeiro turno das eleições,
a partir da próxima quinta-feira
estará pronta a sede do governo
de transição. Será um conjunto de
salas localizado no caminho entre
os palácios do Planalto e da Alvorada no qual o presidente eleito,
seus 51 indicados e outros membros de sua equipe começarão a
examinar os arquivos da gestão
Fernando Henrique Cardoso e tomarão suas primeiras decisões
administrativas.
Nos próximos dias, o governo
deve editar uma medida provisória que cria os 51 "cargos especiais
de transição de governo", com salários que vão de R$ 1.220 a R$
8.000 e responsabilidades administrativas, civis e penais de funcionários públicos.
As atividades de transição foram organizadas de forma a impedir influências do setor privado, improvisos e desinformação.
No entanto, a determinação do
presidente no sentido da ampla
cooperação foi pautada por duas
preocupações: a possibilidade de
inexperiência do novo governo e
a vulnerabilidade à especulação
financeira.
A transição terá duas faces: técnica e política. Por um lado, haverá um portal eletrônico que reúne
a Agenda Cem, a lista de projetos
com dificuldades específicas e o
glossário de governo. Esses documentos reúnem os principais
compromissos dos cem primeiros dias de governo, os projetos
para os quais a atual gestão ainda
busca consenso para implementação e uma lista de siglas e programas. No total, o banco de dados tem 8.000 registros, tudo
guardado a sete chaves.
Por outro lado, o presidente
eleito deve viajar com FHC ao exterior e participar de negociações
com o Fundo Monetário Internacional e com o Congresso Nacional. Também indicará 23 ministros e 604 funcionários de cargos
de alto nível.
Novos ministros
Conforme os novos ministros
forem nomeados, eles poderão se
encontrar com os atuais e terão
acesso a informações confidenciais. Além disso, outros dois funcionários de cada pasta estarão à
disposição da equipe de transição.
O presidente eleito terá um gabinete de 34 mē, com vista para o
lago Paranoá, em Brasília, além de
sala de reuniões e banheiro privativos. A Polícia Federal cuidará de
sua segurança pessoal.
A imprensa terá sala própria e
será credenciada pela assessoria
do governo de transição.
A sede de transição, um trecho
do primeiro andar no Centro de
Formação do Banco do Brasil que
foi cedido em comodato à Presidência, conta com infra-estrutura
de salas de reuniões, salões de
grupos temáticos e gabinetes para
assessores especiais. Móveis,
computadores, linhas telefônicas
e pessoal de manutenção e limpeza são "cortesia" do banco.
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