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RIO
Sérgio Cabral Filho e o bispo Marcelo Crivella devem ser eleitos
Veterano, Brizola perde outra, mas afirma que não é 'cachorro morto'
DA SUCURSAL DO RIO
A eleição para o Senado no Rio
foi marcada pela derrota de Leonel Brizola (PDT), 80, político de
atuação marcante na história brasileira recente, e pela ascensão de
Marcelo Crivella (PL), 44, um estreante ligado à Igreja Universal
do Reino de Deus.
Às 22h45, com 67% dos votos
apurados, Brizola, ex-governador
do Rio de Janeiro e do Rio Grande
do Sul, estava com 9% dos votos
válidos, na sexta colocação.
O líder do PDT estava atrás ainda de outro veterano da política,
Artur da Távola (PSDB), 66, líder
do governo no Senado que tentava a reeleição e que estava com
14% dos votos.
O resultado parcial confirmava
o que as pesquisas de opinião já
indicavam: a primeira vaga para o
Senado seria do deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PMDB),
39, e a segunda, de Crivella.
Apesar de a apuração ainda não
ter sido finalizada até o fechamento desta edição, a distância de Crivella e Cabral para os demais candidatos só aumentava.
Ontem, após votar, Brizola dava
sinais de que já teria jogado a toalha: "Quando optei pela democracia, eu sabia que se perde e se ganha. Mas o PDT e o Brizola são
plantas do deserto. Basta uma gota de orvalho e já reverdejamos.
Deixa pensarem que somos cachorros mortos. Sou de uma geração que vai durar 110 anos. Nos
últimos dez vou descansar, mas
até os cem anos vou estar aí, andando para a frente, de bem com
a vida", afirmou.
A derrota de Brizola, que em
2000 já havia perdido a disputa
pela Prefeitura do Rio, simboliza
o que pode ser o fim de uma era.
Em 20 anos, os mais importantes
quadros políticos do Rio tiveram
origem no que se convencionou
chamar de "brizolismo".
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