São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002


Envie esta notícia por e-mail para
assinantes do UOL ou da Folha
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

RIO

Sérgio Cabral Filho e o bispo Marcelo Crivella devem ser eleitos

Veterano, Brizola perde outra, mas afirma que não é 'cachorro morto'

DA SUCURSAL DO RIO

A eleição para o Senado no Rio foi marcada pela derrota de Leonel Brizola (PDT), 80, político de atuação marcante na história brasileira recente, e pela ascensão de Marcelo Crivella (PL), 44, um estreante ligado à Igreja Universal do Reino de Deus.
Às 22h45, com 67% dos votos apurados, Brizola, ex-governador do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul, estava com 9% dos votos válidos, na sexta colocação.
O líder do PDT estava atrás ainda de outro veterano da política, Artur da Távola (PSDB), 66, líder do governo no Senado que tentava a reeleição e que estava com 14% dos votos.
O resultado parcial confirmava o que as pesquisas de opinião já indicavam: a primeira vaga para o Senado seria do deputado estadual Sérgio Cabral Filho (PMDB), 39, e a segunda, de Crivella.
Apesar de a apuração ainda não ter sido finalizada até o fechamento desta edição, a distância de Crivella e Cabral para os demais candidatos só aumentava.
Ontem, após votar, Brizola dava sinais de que já teria jogado a toalha: "Quando optei pela democracia, eu sabia que se perde e se ganha. Mas o PDT e o Brizola são plantas do deserto. Basta uma gota de orvalho e já reverdejamos. Deixa pensarem que somos cachorros mortos. Sou de uma geração que vai durar 110 anos. Nos últimos dez vou descansar, mas até os cem anos vou estar aí, andando para a frente, de bem com a vida", afirmou.
A derrota de Brizola, que em 2000 já havia perdido a disputa pela Prefeitura do Rio, simboliza o que pode ser o fim de uma era. Em 20 anos, os mais importantes quadros políticos do Rio tiveram origem no que se convencionou chamar de "brizolismo".


Texto Anterior: Frases
Próximo Texto: Votação: Um dia de fila
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.