São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002


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VOTAÇÃO

Mesmo com a "cola", eleitores se atrapalham com a urna eletrônica, votação atrasa por todo o país e deixa pessoas na fila por até sete horas

Um dia de fila

DA REDAÇÃO

Se agilizou a apuração, a tecnologia não serviu para melhorar muito a vida dos eleitores.
Na primeira eleição presidencial totalmente informatizada, longas filas se espalharam pelas cidades de todo o país ontem.
No Mato Grosso do Sul, um aposentado de 61 anos morreu ao ter um infarto enquanto esperava na fila para votar na cidade de Corumbá -a temperatura na região atingiu ontem a máxima de 39ºC.
Em São Paulo, três bairros da capital tinham ontem votação prevista para terminar apenas às 23h, por causa das longas filas.
Os eleitores se atrapalharam bastante para votar na urna eletrônica. Em Campinas (SP), uma eleitora demorou 25 minutos dentro da seção.
O mesmo tempo levou uma mulher numa escola de Natal, no Rio Grande do Norte, mesmo tendo em mãos a "cola" com os números dos seus candidatos.
O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) informou que o número de urnas quebradas ontem não foi muito diferente do normalmente registrado em outras eleições.
Para o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo, a culpa pela demora não foi da urna eletrônica, mas sim do número de botões que cada pessoa tinha de apertar (25 teclas se quisesse votar em todos os candidatos).
Segundo o TRE paulista, o número de eleitores por urna foi semelhante ao da última votação, há dois anos: uma média de 500 pessoas por aparelho.
No Rio de Janeiro, onde também houve longas filas, o discurso foi parecido com o do TRE paulista. "Há eleitores com pouca capacidade cultural, outros de idade e outros que não levaram a memória eleitoral, que você chamam de cola", disse o presidente do TRE local, Álvaro Mayrink. "Prefiro o voto demorado, porque não estamos numa corrida olímpica", acrescentou ele.


Colaboraram a Reportagem Local, a Agência Folha, a Sucursal de Brasília e a Sucursal do Rio

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