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No Rio, tráfico não tumultua votação
DA SUCURSAL DO RIO
Os boatos de que traficantes
planejavam tumultuar a eleição
no Rio não se concretizaram. A
votação foi tranquila em áreas
violentas como o complexo da
Maré, o complexo do Alemão e a
Vila Cruzeiro, na Penha, todas na
zona norte da cidade.
Um esquema de policiamento
com cerca de 50 mil homens
-incluindo soldados do Exército, da Marinha e da Aeronáutica- foi mobilizado para dar segurança aos eleitores. O Exército
ocupou os acessos do complexo
do Alemão e da Cidade de Deus
(zona oeste). Também havia tropas de plantão em pontos das zonas sul e norte, na Linha Vermelha e na Baixada Fluminense.
O Comando Militar do Leste informou que o esquema seria
mantido até as 7h de hoje.
Na Maré, onde os locais de votação ficam dentro das favelas, a
presença do tráfico era marcante.
A guerra entre facções criminosas
fez com que eleitores residentes
em áreas dominadas por um grupo tivessem medo de votar em regiões dominadas pelo grupo rival.
Foi o caso do presidente da seção 146 da 161ª zona eleitoral,
Francis Christian. Ele mora e dirige uma seção eleitoral na favela
Nova Holanda, área do Comando
Vermelho (CV), mas estava com
medo de ir até a Baixa do Sapateiro, área do Terceiro Comando
(TC), para votar. "Vou justificar o
voto. Tenho medo. Eles [os traficantes], quando querem, agridem
uma pessoa sem razão", afirmou.
Nas ruas da Nova Holanda,
menções a traficantes eram claras.
"É Fernandinho Beira-Mar para
presidente", gritava um. "Meu
partido é o CV", dizia outro.
Também na Vila Cruzeiro, onde
havia boatos de que um blecaute
fora planejado para tumultuar a
votação, os eleitores compareceram sem problema às urnas.
O secretário de Segurança, Roberto Aguiar, disse que a eleição
transcorreu em clima de tranquilidade e que não haviam sido registrados casos de violência. Até
as 17h30, não havia balanços oficiais nem da Secretaria de Segurança nem do Comando Militar
do Leste.
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