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RIO GRANDE DO SUL
Peemedebista cresce, ganha apoio de Antônio Britto (PPS) e vai ao segundo turno
Rigotto surpreende e ultrapassa petista
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
O crescimento de reta final de
Germano Rigotto, 53, garantiu ao
peemedebista a vaga no segundo
turno contra Tarso Genro (PT),
55, no Rio Grande do Sul. Rigotto
superou Tarso, e a surpresa ficou
por conta do encolhimento da
candidatura de Antônio Britto
(PPS), 50, -que já declarou voto
no PMDB no dia 27 de outubro.
Segundo apuração de mais de
85% das urnas, Rigotto teve 41%
dos votos, contra 37% de Tarso.
A boa performance de Rigotto
poderia estar interferindo positivamente na do presidenciável José Serra, que tinha desempenho
acima da média brasileira no Estado: 33,27%, contra 44,3% de
Luiz Inácio Lula da Silva às 21h05.
Pesquisa de boca-de-urna do
Ibope dava o seguinte resultado:
Rigotto com 40%, Tarso com 37%
e Britto com 13%. A margem de
erro é de dois pontos para mais ou
menos. Foram ouvidas 21 mil pessoas em 21 municípios.
Britto admitiu a derrota e disse
ter ficado contente com o bom
desempenho da oposição ao PT
no Estado. "O cidadão Antônio
Britto estará no dia 27 votando
em Germano Rigotto", disse.
Ex-governador (94-98) e derrotado numa apertada disputa na
eleição passada, Britto chegou a liderar a disputa eleitoral. Ontem,
pontuou na casa dos 10%.
Para o segundo turno, o quadro
teoricamente favorece Rigotto,
que já tem apoio informal dos
candidatos Britto e Celso Bernardi (PPB). Há, no entanto, peculiaridades locais que serão trabalhadas por Tarso e Rigotto.
Surge, também, uma nova situação: como Tarso e Britto polarizaram quase todo o primeiro
turno, Rigotto foi poupado. Agora, terá de se expor.
Quanto ao PDT, que apoiou
Britto no primeiro turno sob o
pretexto de que havia interesse
maior em relação ao pleito nacional (o apoio a Ciro Gomes
-PPS), a situação é indefinida. A
tendência é de o partido se dividir.
Rigotto procurou, ao saber da
pesquisa de boca-de-urna, manter a ponderação: "Sou a favor de
um projeto novo para o Rio Grande. Confronto de idéias é muito
natural. Mas espero que o segundo turno seja como o primeiro".
Dizendo ter ao seu lado parte do
PDT, Tarso disse ter o apoio de
Lula e definiu seu projeto para o
segundo turno. "Uma frente em
defesa do Rio Grande, de uma articulação regional com o projeto
nacional de Lula presidente; do
setor público e dos servidores; das
nossas empresas, da nossa agricultura e em defesa dos direitos
conquistados desde a Constituição de 1988, que tanto tem sofrido
sua desconstituição com os governos de centro-direita."
Acompanhado do governador
Olívio Dutra (PT) e do vice Miguel Rossetto (candidato à reeleição pelo PT), Tarso votou às 8h10,
em Porto Alegre. Rigotto votou
em Caxias do Sul (a 120 km de
Porto Alegre), às 9h05. Com temperatura em torno de 30 graus, a
militância saiu em peso às ruas.
Houve poucos incidentes.
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