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Lula vota de manhã protegido por seguranças, PM e PF
DA REPORTAGEM LOCAL
Parecia um jogo de futebol
americano no qual o candidato
do PT à Presidência, Luiz Inácio
Lula da Silva, era a bola. Eram
9h50 quando Lula chegou à escola
João Firmino Correia de Araújo,
em São Bernardo do Campo.
Logo que o carro apontou na
rua, os militantes começaram a
agitar suas bandeiras e os gritos
de "é Lula, é Lula" tomaram conta. Todos queriam abraçá-lo, arrancar um autógrafo ou tocá-lo.
Do carro à entrada da escola, gastou ao menos quatro minutos.
Protegido por seguranças particulares, da Polícia Militar e da Polícia Federal, tentava ser simpático, embora não falasse.
"Lula, você será nosso presidente", gritou uma mulher. "Olha o
Lula ali, filho", disse um pai para
um menino sobre seus ombros.
Além de sua mulher, Marisa, Lula
estava com a prefeita de São Paulo, Marta Suplicy, o namorado dela, Luis Favre, o candidato a deputado federal Vicentinho, o candidato a governador José Genoino,
e seu vice, Luiz Marinho.
À porta da sessão, o candidato
demonstrou impaciência com os
fotógrafos. "Quero ter o direito de
votar, se vocês deixarem."
Na saída, outro tumulto. Como
a passagem era estreita, por pouco não aconteceu um acidente.
Depois que Lula ganhou a rua,
um segurança lembrou que Marisa ficara para trás -ela votou numa sala ao lado da sessão de Lula- e voltou para escoltá-la.
Depois, em casa, o candidato do
PT rezou, recebeu amigos e telefonemas -entre eles, o de dona Canô, mãe de Caetano Veloso-, fez
churrasco, comeu bolo e lavou
pratos, no dia em que comemora
um de seus dois "aniversários".
Apesar de seu registro de nascimento indicar a data de 6 de outubro, a mãe de Lula dizia que ele
havia nascido, em 27 de outubro.
(CG e FZ)
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