São Paulo, segunda-feira, 07 de outubro de 2002

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Sem título, filha de candidato do PCO deixa de votar no próprio pai

DA REPORTAGEM LOCAL

O tradutor Rui Costa Pimenta, presidenciável do PCO (Partido da Causa Operária), perdeu ontem um voto importante: o da própria filha, Natália.
A secundarista de 17 anos planejava ir às urnas pela primeira vez, mas se esqueceu do prazo para obter o título de eleitor.
"Imagine, esqueci... Estava disputando as eleições no grêmio do colégio e, com o corre-corre, deixei escapar a data."
Trotskista e ex-integrante do PT, Pimenta, 45, votou na Lapa (zona oeste paulistana), em uma escola estadual, a Pereira Barreto. Chegou às 13h, com a mulher, Anaí Caproni, 35, que concorre ao governo de São Paulo pelo PCO.
Uns poucos militantes do partido, incluindo Natália, e outros dois filhos também o acompanhavam -Carlos Henrique, de seis meses, sorria no colo da mãe; João Jorge, de 5 anos, carregava uma bandeira do partido.
Não fosse a presença dos jornalistas, ninguém notaria o candidato. "Nunca soube que ele existia", confessou Mara Cristina Pereira, uma das assistentes técnicas eleitorais que trabalhavam na escola.
Ela contraria aquilo que Pimenta afirma há dias e que repetiu ontem à tarde: sai vitorioso da campanha porque conseguiu lançar o PCO nacionalmente. "Agora já nos conhecem."
O presidenciável -que defende salário mínimo de R$ 1.500 e passou os últimos meses alardeando o slogan "quem bate cartão não vota em patrão"- mais uma vez negou apoio ao petista Luiz Inácio Lula da Silva no segundo turno.
"Nosso recado é claro: os trabalhadores precisam abrir os olhos e rejeitar a política de alianças do PT. Lula, hoje, representa a burguesia, os empresários e só." (ARMANDO ANTENORE)


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