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Sem título, filha de candidato do PCO deixa de votar no próprio pai
DA REPORTAGEM LOCAL
O tradutor Rui Costa Pimenta,
presidenciável do PCO (Partido
da Causa Operária), perdeu ontem um voto importante: o da
própria filha, Natália.
A secundarista de 17 anos planejava ir às urnas pela primeira
vez, mas se esqueceu do prazo para obter o título de eleitor.
"Imagine, esqueci... Estava disputando as eleições no grêmio do
colégio e, com o corre-corre, deixei escapar a data."
Trotskista e ex-integrante do
PT, Pimenta, 45, votou na Lapa
(zona oeste paulistana), em uma
escola estadual, a Pereira Barreto.
Chegou às 13h, com a mulher,
Anaí Caproni, 35, que concorre ao
governo de São Paulo pelo PCO.
Uns poucos militantes do partido, incluindo Natália, e outros
dois filhos também o acompanhavam -Carlos Henrique, de
seis meses, sorria no colo da mãe;
João Jorge, de 5 anos, carregava
uma bandeira do partido.
Não fosse a presença dos jornalistas, ninguém notaria o candidato. "Nunca soube que ele existia",
confessou Mara Cristina Pereira,
uma das assistentes técnicas eleitorais que trabalhavam na escola.
Ela contraria aquilo que Pimenta afirma há dias e que repetiu ontem à tarde: sai vitorioso da campanha porque conseguiu lançar o
PCO nacionalmente. "Agora já
nos conhecem."
O presidenciável -que defende
salário mínimo de R$ 1.500 e passou os últimos meses alardeando
o slogan "quem bate cartão não
vota em patrão"- mais uma vez
negou apoio ao petista Luiz Inácio
Lula da Silva no segundo turno.
"Nosso recado é claro: os trabalhadores precisam abrir os olhos e
rejeitar a política de alianças do
PT. Lula, hoje, representa a burguesia, os empresários e só."
(ARMANDO ANTENORE)
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