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Ato não foi ilegal, afirma presidente do TSE
SILVANA DE FREITAS
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do TSE (Tribunal
Superior Eleitoral), ministro Sepúlveda Pertence, disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
não cometeu ilegalidades ao se
reunir no Planalto com prefeitos
eleitos e ministros de Estado e pedir o empenho deles nas campanhas de segundo turno do PT e da
base aliada: "Faz parte do jogo".
Três advogados que já foram
ministros do TSE também afirmaram que as normas da Lei Eleitoral não foram violadas. A Lei
Eleitoral proíbe o uso, em benefício de um candidato, de "bens
móveis ou imóveis" pertencentes
à administração pública (art. 73).
O desrespeito seria flagrante, disseram os advogados, se Lula tivesse realizado no Planalto um ato
em prol das candidaturas petistas.
O ex-ministro do TSE Torquato
Jardim não vê ilegalidade na atitude de Lula. A mesma opinião é
sustentada pelo ex-ministro do
TSE Fernando Neves. Eles dizem
que a Presidência é um cargo
exercido por um homem político.
Apesar de a maioria dos especialistas dizer que as leis não foram violadas, um dos atuais
membros do TSE disse, em caráter reservado, que Lula prestou
um grande desserviço à Justiça
Eleitoral. Para ele, se Lula ficar impune, os tribunais terão dificuldade de cassar prefeitos acusados de
pequenos abusos. Segundo ele,
não houve violação direta de nenhuma norma, mas ele crê que a
reunião de anteontem poderá se
somar a outros fatos polêmicos
nestas eleições. Juntos, todos esses atos caracterizariam conduta
abusiva. Ele citou como exemplo
o pedido de votos para a prefeita
paulistana Marta Suplicy na inauguração da nova Radial Leste.
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