São Paulo, Domingo, 07 de Novembro de 1999
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Lideranças falam em apoio

da Sucursal do Rio

Algumas das principais lideranças evangélicas brasileiras já prometem apoiar a candidatura de Garotinho à Presidência da República.
Elas condicionam esse apoio, no entanto, ao sucesso que ele tenha em fazer no Rio de Janeiro um governo que possa ser considerado modelo, especialmente no combate à violência e a outros problemas sociais.
O deputado federal e bispo Carlos Rodrigues (PL-RJ), coordenador político da poderosa Igreja Universal do Reino de Deus, diz que, "se Garotinho não resolver o problema da violência, ele sabe que não haverá candidatura".
Rodrigues acrescenta que, se o governador der uma solução para a violência, "não há dúvida de que ele terá o voto evangélico, porque está fazendo um governo voltado para o social".
O bispo diz também que a candidatura de Garotinho pode levar o Brasil a ter seu primeiro presidente evangélico. Isso, para ele, seria um caminho contra a discriminação aos evangélicos que ele considera existir no Brasil.
Para Rodrigues, a atual fase da campanha de Garotinho tem apenas o objetivo de manter seu nome nas pesquisas, evitando a disparada dos adversários.
O apoio explícito do coordenador político da Universal a Garotinho, segundo um assessor do governador, é resultado de um trabalho de reaproximação feito nos últimos dias, após a publicação de uma nota de coluna na edição do dia 24 deste mês do jornal "Folha Universal".
A nota atacava diretamente a candidatura Garotinho e dizia que ele comprou uma rádio em São Paulo em parceria com o deputado federal Francisco Silva (PPB-RJ) e que pretende comprar estações em outros Estados para fazer a campanha.
Na verdade, a Universal teria ficado ressentida por não ter conseguido uma participação mais direta no governo do Rio.
Assessores de Garotinho negam que ele pretenda usar uma rede de rádio na campanha.
Outro líder evangélico importante, o pastor Nílson do Amaral Fanini, da 1ª Igreja Batista de Niterói (a 13 km do Rio), afirma que "seria muito bom ter um presidente evangélico", mas ainda evita expressar seu apoio explícito à candidatura de Garotinho.
Apesar disso, Fanini dá seu total apoio à peregrinação de Garotinho às igrejas.



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