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Inspetores não
serão trocados
enviada especial
O novo chefe da inspetoria regional de Campos da Secretaria
da Fazenda, Cláudio Borba, 42,
assumiu o cargo na semana passada e disse que não deverá trocar
a equipe de fiscais, conforme pediu o governador Anthony Garotinho no início de outubro.
Ele descarta a troca porque, à
medida que sua orientação for
atendida, seria irrelevante. Professor de direito tributário e fiscal
de carreira, ele foi convidado para
o posto por sua capacidade técnica, segundo a secretaria.
Sem comentar a crise que levou
o inspetor anterior, Anselmo Garcia, a pedir para sair e à demissão
do então secretário da Fazenda do
Estado, Borba descarta a possibilidade de vir a sofrer pressões.
"Fui muito questionado sobre
isso, mas acho que, pelo contrário, o movimento dos empresários daqui os deixa em posição de
co-responsabilidade com a ação
dos fiscais. Eles têm que mostrar
que não havia nenhum interesse
em não pagar."
O inspetor diz que sua segunda
prioridade, depois da cobrança de
imposto, será orientar os contribuintes. "Estamos num dos 13
bolsões de pobreza do país."
Para ele, é preciso levar em conta a situação econômica da região.
As empresas são avisadas com
15 dias de antecedência sobre a
fiscalização -uma inovação do
atual governo. Até a intimação
-quando os fiscais chegam-, a
empresa pode ser orientada para
se regularizar, explica Borba.
A inspetoria de Campos também terá a flexibilidade de não
aplicar penalidades previstas para
o não-atendimento às chamadas
"obrigações acessórias" (como
escrituração, cadastramento e
uso de emissor de cupom fiscal)
quando a empresa estiver em dia
com os pagamentos.
Ele diz que esse procedimento
nada tem a ver com a reivindicação dos empresários. "Entendo a
gravidade da situação que se formou, mas nossa atuação seria a
mesma, tendo a crise ou não."
Na gestão anterior, de acordo
com funcionários da Secretaria da
Fazenda, a ordem era cumprir a
lei ao pé da letra.
Segundo o subsecretário da Receita Estadual, David Birman, o
compromisso da nova inspetoria
continua sendo o de aumentar a
arrecadação de impostos.
(IC)
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