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PRECATÓRIOS
Ministro dos Transportes poderá questionar tucano
Padilha diz que vai investigar gestão do antecessor Goldman
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
da Agência Folha, em Porto Alegre
O ministro dos Transportes, Eliseu Padilha, disse ontem que vai
investigar os atos administrativos
do ex-titular da pasta e vice-presidente nacional do PSDB, Alberto
Goldman, para saber "se ele efetivamente tinha conhecimento de
tudo que acontecia na sua época".
Padilha afirmou que poderá
"questionar" o ex-ministro e levar
"dados" referentes à gestão de
Goldman (1992-94) à Câmara dos
Deputados, quando prestar depoimento sobre o esquema de pagamento de precatórios do DNER
(Departamento Nacional de Estradas de Rodagem).
Na última quinta, o ministro enviou carta à Câmara em que se
dispôs a esclarecer as denúncias
sobre seu suposto envolvimento
com lobistas.
Goldman, que é deputado federal pelo PSDB de São Paulo, havia
afirmado que a "cúpula do ministério não tinha como não saber"
do esquema, porque foram vários
os casos de liberação de precatórios (ordens de pagamento da
Justiça a serem cumpridas por órgão público).
O ex-ministro havia ressalvado,
contudo, que a "pessoa física (de
Padilha) pode não ter tomado conhecimento" dos fatos.
As declarações de Padilha foram em entrevista por telefone à
rádio Gaúcha, de Porto Alegre. A
Agência Folha tentou falar com o
ministro, mas sua assessoria informou que ele não tinha mais
nada a acrescentar.
Goldman, também procurado
pela reportagem, estava viajando,
de acordo com sua assessoria.
Autonomia
Padilha disse também na entrevista que, em sua gestão, as autarquias têm autonomia administrativa e financeira.
"Não sei o que a diretoria do
Trensurb, no Rio Grande do Sul,
está decidindo. Se começa uma
obra, se paga uma indenização, se
faz um acordo na Justiça ou administrativo, eu não acompanho".
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