São Paulo, sexta-feira, 07 de novembro de 2008

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Toda Mídia

NELSON DE SÁ - nelsondesa@folhasp.com.br

De Roubini para Obama

O economista Nouriel Roubini postou ontem sobre "a bagunça econômica e o desastre financeiro que Obama vai herdar". Avalia que "a boa nova é que a América elegeu um presidente com liderança, visão e grande inteligência". E que "indivíduos como Larry Summers e Tim Geithner", candidatos a secretário do Tesouro, "seriam excelentes escolhas", para formar "uma equipe econômica de primeira".
"No entanto", diz o Senhor Apocalipse, a herança "é pior que tudo o que os EUA enfrentaram por décadas: a recessão mais severa em 50 anos; a pior crise financeira e bancária desde a Grande Depressão; um déficit fiscal explosivo que pode alcançar US$ 1 trilhão em 2009 e em 2010; um imenso déficit em conta corrente; um setor residencial com milhões de insolventes e à beira de perder seus lares" etc. etc.

BAIXAR A BOLA
economist.com

"As próximas dez semanas", até a posse, "dão a Obama uma chance de recalibrar as esperanças do resto do mundo" e também americanas.
A nova "Economist", com a manchete "Grandes Expectativas", faz o alerta de que "muitos dos mais ardentes apoiadores de Obama serão frustrados", "não-americanos também devem se preparar para desapontamento" e "Obama certamente vai fracassar mais do que ter êxito, como a maioria dos políticos". Ele não tem alternativa, precisa resistir aos democratas mais extremados do Congresso e evitar o protecionismo, diz a revista. "E a América vai e deve continuar a pôr seus interesses e o de seus aliados em primeiro lugar".

OMBRO
cnn.com

Durante seu programa, Oprah Winfrey afirmou desconhecer o homem que a apoiou ao chorar no discurso de Obama, em cena emblemática. De todo modo, "Obrigado, senhor homem, por me deixar chorar em seu ombro"

KARL ROVE 2
cnn.com

Ontem no site da ABC, o blog de George Stephanopoulos, que foi da campanha e da Casa Branca de Bill Clinton, postou que o estrategista de Obama na campanha, David Axelrod, aceitou o posto de "consultor sênior" da Casa Branca

DO PÚBLICO AO PRIVADO
economist.com

Sobre o Brasil, a "Economist" relata como o aperto no crédito chegou ao "Brasil Inc", o setor privado.
Avalia que a fusão de Itaú e Unibanco aponta que o futuro para as empresas "é mais difícil, mas pelo menos desta vez as finanças públicas não são o problema". Concentra-se novamente nas apostas em derivativos, que causaram a escassez do crédito interno. "É novidade para o Brasil: um problema financeiro criado inteiramente no setor privado, não público. É um progresso, de certo modo. Mas significa que o investimento desmorona."

O DIA DA REFORMA
Mais da "Economist", que saúda o "marco cultural" que foi a adoção do feriado de 31 de outubro pelo Chile. Os latino-americanos "sempre celebraram uma pletora de feriados católicos", mas agora chegou a vez da data em que Martinho Lutero "pregou suas 95 teses na porta de uma igreja em Wittenberg, Alemanha, iniciando a Reforma". A aprovação foi unânime, no Congresso.
Citando os já 15% de evangélicos brasileiros, diz a revista que o avanço protestante "parece inexorável", sobretudo entre os latino-americanos mais pobres.

CNN, A AGÊNCIA
ap.org

Encerrada a campanha, a mídia americana se prepara para um confronto inusitado. A CNN, grande vencedora na cobertura do dia da eleição, avança sobre a Associated Press, agência que está sendo ameaçada de abandono até pela rede Tribune Co., de "Los Angeles Times" e "Chicago Tribune". Mês que vem, diz o site Editor & Publisher, o canal apresenta o CNN Wire em evento com a presença de jornais como o "Daily News", de Nova York.


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@ - Nelson de Sá




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