São Paulo, sábado, 07 de dezembro de 2002

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MATO GROSSO

Cheques da Assembléia foram apreendidos

PF liga provável chefe do crime organizado no Estado a deputados

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AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ

No segundo dia da Operação Arca de Nóe, em Cuiabá, a Polícia Federal invadiu a empresa Real Factoring, sede dos negócios de João Arcanjo Ribeiro, 52, apontado como o chefe do crime organizado no Estado. No local, foram encontrados três cheques da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, num valor total de R$ 1.044.000,00. Arcanjo está foragido desde anteontem.
Os cheques são datados do dia 27 de novembro de 2000, no valor de R$ 348 mil cada, e foram assinados pelos deputados estaduais José Riva (PSDB) e Humberto Bosaipo (PL). Ambos davam sustentação ao então governador Dante de Oliveira (PSDB).
O deputado Bosaipo informou que solicitará informações sobre o material apreendido para depois comentar o caso. O deputado Riva não quis dar entrevista.
A prisão de Arcanjo e os mandados de busca e apreensão foram solicitados por promotores e procuradores federais e concedidos pelo juiz da 1ª Vara Federal em Mato Grosso, Julier Sebastião da Silva. No pedido à Justiça, é informado que a diferença entre o patrimônio declarado por Arcanjo à Receita Federal, e o movimentado é de R$ 900 milhões.
Arcanjo é acusado de ser o mandante do assassinato do dono do jornal "Folha do Estado", Sávio Brandão, em 30 de setembro. O jornal chamava o comendador Arcanjo, como é conhecido, de "Al Capone de Mato Grosso".
Cem agentes participam da Operação Arca de Noé.
O advogado de Arcanjo, Henrique Vieira, disse que entrará com um pedido de habeas corpus.


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