São Paulo, quarta-feira, 07 de dezembro de 2005

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Filho de Alencar ironiza fala de dirigentes do PT

DA REPORTAGEM LOCAL

Filho do vice-presidente José Alencar, o presidente da Coteminas, Josué Gomes, reagiu ontem contrariado à relutância do PT em admitir o pagamento de R$ 1 milhão à empresa. Ele chegou a rir quando informado que os dirigentes do partido não reconheciam a transação. "Claro que eles sabiam. Eles que pagaram."
Um tom acima do habitual, o empresário frisou que "suas afirmativas são documentadas". "Temos todos os documentos que demonstram cada afirmativa que fizemos. O resto é conversa. Não vou ficar em conversa", afirmou o presidente da Coteminas.
Josué alegou que não havia como o PT ignorar o pagamento, porque "a posição atualizada do débito sempre foi informada". E "qualquer um que fizer uma conta simples vê que R$ 1 milhão estava abatido da dívida".
"Vamos fazer uma conta grosseira, uma conta no papel de pão: R$ 11,031 milhão é o valor original da dívida. Coloca um ano de juros, mais ou menos 20%, vai para R$ 13,2 milhões. Você abate R$ 1 milhão, vai para R$ 12,2 milhões [que é o valor atualizado]."

Recibo
O presidente da Coteminas lembra ainda que deu um recibo ao PT. No documento, está a assinatura de Marice Corrêa de Lima, coordenadora administrativa do PT, que levou o dinheiro à empresa. "Tem uma assinatura no recibo que demos para que o partido pudesse contabilizar o pagamento. Tem uma assinatura da funcionária do PT, de protocolo, que é a funcionária que nos entregou o dinheiro", disse.
Segundo Josué Gomes, o diretor da Coteminas que recebeu o dinheiro de Marice "imediatamente o depositou no banco Bradesco [da Avenida Paulista, vizinho ao escritório da empresa]".


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