São Paulo, sexta-feira, 07 de dezembro de 2007 |
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Toda Mídia Nelson de Sá
Sexo e imposto
Em texto sobre a "política brasileira" que mistura "sexo e imposto", referência à "amante de Renan" e à CPMF, a "Economist" apontou como uma razão do entrave ao imposto o "recente sucesso" da economia. Uma "abundância" de arrecadação que se deve em parte à CPMF, que combate evasão, ironiza a revista. "Este ano está especialmente intensa" a disputa, diz. E a Bloomberg já teme os efeitos sobre a economia, "os juros vão subir, porque não há muita alternativa." Por aqui, na Folha Online, FHC falava na sabatina que o governo não "precisa dos recursos" que ele, ao criar a CPMF, precisou. Mas José Serra "saiu da toca", postou Ricardo Noblat no Globo Online, e "começou a telefonar para senadores do seu partido", pela CPMF. SARNEY OU... O "Jornal da Globo" tratou Garibaldi Alves como eleito. "Já é a roupa de presidente?", perguntou. Mas veio a quinta e, nas agências, os presidentes de DEM e PSDB distribuíam declarações de amor a José Sarney, bem como o líder do governo. Só ele ainda negava, na Folha Online, preferindo reservar seus "últimos anos para terminar as memórias". NÃO SARNEY Nos blogs, a mesma coisa. Para Lauro Jardim, "a cada hora que passa, Sarney ganha mais força" e é "o favorito". Para Claudio Humberto, "é a única chance de solução consensual". Para Noblat, "nem precisa ser candidato: o Senado que se candidate a tê-lo como presidente". Mas novos nomes apareceram, Romero Jucá, Pedro Simon. NÚMEROS VS. NÚMEROS Em meio a Bali, o WWF fez relatório dizendo que, com aquecimento, "metade da Amazônia pode ser destruída", ecoando em sites tipo "Guardian" e na Globo. Fim do dia e Fátima Bernardes noticia que "novos números mostram redução no ritmo de desmatamento da Amazônia" -que em um ano registrou a "segunda menor taxa da história". Ao fundo, a questão é se Brasil e outros emergentes vão aceitar a inclusão da redução do desmatamento no acordo pós-Kyoto. É o que cobram ambientalistas como o WWF e, ontem no "Financial Times", o presidente do Banco Mundial -e ex-subsecretário dos EUA- Robert Zoellick. ETANOL E O ALIMENTO CARO Na capa da "Economist", as duas razões da "agflação", alta no preço dos alimentos: a demanda de China e Índia e, "razão dominante este ano", o etanol de milho dos EUA -estimulado por "200 subsídios do governo e pela tarifa que mantém fora do país o etanol brasileiro, mais verde". E em Bali, na coletiva de James Connaughton, enviado dos EUA, perguntaram da "tarifa sobre etanol brasileiro" e ele, após enrolar, não se conteve. Disse que é um de seus "assuntos favoritos" e que "não há boa razão" para a taxa. INFLAÇÃO BRIC "Alimentos sobem", deu a Reuters Brasil em manchete, "e inflação engorda". E ontem no chinês "Diário do Povo": "Brics têm avanço da inflação e adotam medidas similares para deter". Dos quatro Brics, o Brasil tem a menor taxa. EUA E OS BRICS As Bolsas subiram, diz o "WSJ", "com a sensação de que EUA saem da crise sem choque maior". Mas lá mesmo as empresas, diz a Reuters, já cobram de Bush acordos bilaterais "com o grupo Bric". TECNOLOGIA BRIC Dow Jones e outras deram um relatório da International Data Corp. que prevê queda no investimento mundial em tecnologia, exceto nos "países Bric", onde vai crescer mais. Sugere investir na "Datasul do Brasil, Kingdee da China" etc. MULTIBRICS Depois do "Le Monde", a "Economist" destacou ontem o relatório de consultoria de Boston que apontou as cem "multinacionais emergentes" que "têm a força e a ambição de vencer as múltis" atuais. Leia as colunas anteriores @ - Nelson de Sá Texto Anterior: Frases Índice |
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