da Sucursal de Brasília

Para acabar com o "mercado da carne" e a "permissividade dos meios de comunicação", o deputado Severino Cavalcanti (PPB-PE) apresentou ontem o chamado "projeto Carla Perez".
A proposta veda a exibição de cenas de nudez e violência pelas TVs entre 6h e 22h e proíbe a comercialização de jogos eletrônicos com imagens violentas. Se o texto for aprovado, as emissoras que descumprirem a lei pagarão multa e terão a programação suspensa por até dois dias.
"Não se trata de censura, mas de preservar a família do excesso de pornografia", disse Cavalcanti.
O deputado resolveu apresentar o projeto depois que a dançarina Carla Perez apareceu nua no "Fantástico" (TV Globo).
"Recebi várias cartas, telefonemas, reclamações por conta da Carla Perez. Aquilo foi o mercado da carne: ela recebeu um cachê altíssimo pelo seu belo corpo", afirmou o deputado.
Para ele, não há nudez artística. "É tudo nu, é tudo a mesma pornografia." Em discurso na Câmara, Cavalcanti criticou a "cegueira do governo que não defende a família e o lar" na programação dos meios de comunicação.
"A desagregação da família é um dos males do século e vem sendo incentivada pelos meios de comunicação", afirmou.
O deputado afirmou que "entra em choque" com os netos por causa da TV e dos jogos eletrônicos.



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