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Painel
Livrando a cara
Quem conversou com Wagner
Baptista Ramos ouviu que Pitta
não levou vantagem em operações de títulos da Prefeitura de
São Paulo que o BC considerou
irregulares. Ele depõe na CPI dos
Precatórios na próxima quarta.
Maluf e 98
Maluf está na Europa, mas seus
coordenadores políticos trabalham a plena carga para 1998. Há
fortes indícios de que o objetivo
principal não é mais o Planalto,
mas o Palácio dos Bandeirantes.
Hiperativo
Um dos ativos, na coordenação do malufismo para 1998, é o
ex-vereador Marcos Cintra, presidente estadual do PL.
Sem corporativismo
As rusgas com o PSDB têm deixado estressado o líder Inocêncio Oliveira (PFL), cujo cargo é
cobiçado internamente. Médico
alopata, recorreu à acupuntura
para dar um jeito na insônia e no
humor ultimamente irritadiço.
Tá explicado
A mulher de Pitta, Nicéa, que
recebeu ontem o título de cidadã
paulistana da Câmara Municipal, diz que ``a CPI (dos Precatórios) não atinge sua família''. ``O
Pitta não está preocupado. Eu
não leio jornal nem vejo TV''.
Briga na selva
A comissão da Câmara sobre a
Zona Franca (AM) vai tentar arbitrar uma queda-de-braço entre a Receita Federal e a Coca-Cola. O Leão acusa a empresa
de se habilitar a incentivos aos
quais não teria direito.
Perdas e danos
Para ter direito a um crédito
anual de US$ 400 mi de IPI, a Coca-Cola teria de utilizar insumos
da região amazônica. Emprega
só em 14% de sua produção. A
Receita quer limitar o crédito da
empresa a esse percentual.
Disputa no tapa
O governador Eduardo Azeredo articula a ida de Roberto
Brant (MG) e não de José Aníbal
(SP) para a liderança do governo
na Câmara. No caso de o PSDB
conseguir tomar o posto do pefelista Benito Gama (BA).
Sintonia diferente
Michel Temer (PMDB) discorda da proposta de ACM (PFL) de
fazer sessões do Congresso nas
tardes de quarta: ``Esse é o horário nobre para decisões da Câmara''. Sugere as manhãs de
quarta ou às terças e quintas.
Risco calculado
Luís Eduardo engrossou o discurso para tentar manter Benito
Gama na liderança do governo
na Câmara. Chegou a ameaçar o
Planalto de abrir mão da Comissão de Relações Exteriores em
favor de Benito, se ele sair.
Tempero baiano
O esforço para manter Benito
na liderança do governo passa
também pelo líder do PMDB,
Geddel Vieira Lima (BA).
Bola nas costas
Covas está furioso com Paulo
Kobayashi, cujo grupo manobrou para ganhar na bancada estadual tucana a indicação à presidência da Assembléia. O governador quer Walter Feldman,
que pode disputar no plenário.
Recorde negativo
Balanço de 96 sobre a Justiça
trabalhista compilado por Almir
Pazzianotto, ministro do TST: o
TRT de Campinas já supera o
TRT carioca. Foram 28.569 processos julgados no ano passado,
contra 27.438 no Rio.
Novo retrato
O movimento do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de
Campinas é o segundo do país.
Perde apenas para o de São Paulo. Para Pazzianotto (TST), ``é
um reflexo da descentralização
das atividades industriais''.
Mordida no bolso
Suspeito de ser o cérebro de irregularidades com títulos públicos que a CPI dos precatórios investiga, Wagner Baptista Ramos
contratará um advogado tributarista. Ele já conta com o criminalista Márcio Thomaz Bastos.
Terapia de choque
A OAB federal quer dar batidas
periódicas em todas as instituições penais para crianças e adolescentes. Tentará melhorar as
condições de vida dos internos.
E-mail:±painel@uol.com.br
TIROTEIO
De João Leão (PSDB-BA), sobre ACM (PFL) dizer que, se o
governo FHC tivesse a cara do
PSDB, pareceria um fenômeno
teratológico:
- A Bahia, com a cara do PFL
de ACM, é um fenômeno da ação
dos anelídeos hirudíneos (sanguessugas), pessoas que exploram pedindo dinheiro.
CONTRAPONTO
Banda parlamentar
A eleição para prefeito de
Contagem (MG) em 96 foi disputada por dois deputados federais: Newton Cardoso (PMDB) e
Ademir Lucas (PSDB). Outro
deputado federal, Tilden Santiago (PT), acabou desistindo meses antes do pleito.
Newton Cardoso foi eleito.
Lucas e Santiago se encontraram na semana passada num
avião voltando de Brasília. Sentaram lado a lado.
O tucano aproveitou e brincou
com Santiago, que é conhecido
por animar seus comícios tocando saxofone:
- Pô, se você tivesse disputado a eleição em Contagem, pelo
menos poderia haver segundo
turno. Esse negócio do saxofone
é uma boa idéia: quem sabe não
teria dado certo?
Santiago não se entusiasmou
com o comentário do colega e
aproveitou para alfinetar:
- Ia dar certo nada. Onde eu
chegasse com meu saxofone, vocês já teriam passado antes com
a gaita (gíria para dinheiro).
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