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REGIME MILITAR
Laudo técnico aponta áreas de possíveis covas
Grupo escava trechos em busca de corpos de guerrilheiros do Araguaia
JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM XAMBIOÁ (TO)
Dois trechos de terra foram escavados ontem pelos integrantes
do grupo enviado pela Secretaria
Nacional de Direitos Humanos a
Xambioá (TO) para tentar localizar corpos de integrantes da guerrilha do Araguaia.
No final da tarde de anteontem,
após um laudo técnico de um radar usado por dois geólogos da
UFMG (Universidade Federal de
Minas Gerais) indicar dois trechos em que havia área de terra
mexida -que podem conter covas-, as três antropólogas da
Equipe Argentina de Antropologia Forense fizeram as escavações.
Até o fechamento desta edição,
não haviam sido encontrados indícios da presença de corpos no
local. Depois de uma testemunha,
que não teve a identidade revelada, apontar mais um local de supostas covas, uma área ao lado de
uma mangueira começou a ser
isolada pelo grupo de trabalho.
A forte chuva que atingiu a cidade de Xambioá na madrugada de
ontem fez com que o trabalho do
grupo sofresse um atraso de aproximadamente três horas.
De acordo com Suzana Lisboa,
integrante da Comissão Especial
de Mortos e Desaparecidos Políticos -criada por lei federal-, estava prevista para o final da tarde
de ontem a chegada a Xambioá de
mais uma testemunha para ajudar no trabalho.
De acordo com ela, surgindo
novas testemunhas, o trabalho do
grupo pode se ampliar. "Pode ser
que surjam outras áreas com indicativos de covas e, isso acontecendo, com certeza rastrearemos novos locais", afirmou.
Os jornalistas JOSÉ EDUARDO RONDON e ALAN MARQUES viajaram em
avião da FAB, a convite da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, no trecho
Brasília-Marabá (PA)
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