São Paulo, segunda-feira, 08 de março de 2004

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REGIME MILITAR

Laudo técnico aponta áreas de possíveis covas

Grupo escava trechos em busca de corpos de guerrilheiros do Araguaia

JOSÉ EDUARDO RONDON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM XAMBIOÁ (TO)

Dois trechos de terra foram escavados ontem pelos integrantes do grupo enviado pela Secretaria Nacional de Direitos Humanos a Xambioá (TO) para tentar localizar corpos de integrantes da guerrilha do Araguaia.
No final da tarde de anteontem, após um laudo técnico de um radar usado por dois geólogos da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) indicar dois trechos em que havia área de terra mexida -que podem conter covas-, as três antropólogas da Equipe Argentina de Antropologia Forense fizeram as escavações.
Até o fechamento desta edição, não haviam sido encontrados indícios da presença de corpos no local. Depois de uma testemunha, que não teve a identidade revelada, apontar mais um local de supostas covas, uma área ao lado de uma mangueira começou a ser isolada pelo grupo de trabalho.
A forte chuva que atingiu a cidade de Xambioá na madrugada de ontem fez com que o trabalho do grupo sofresse um atraso de aproximadamente três horas.
De acordo com Suzana Lisboa, integrante da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos -criada por lei federal-, estava prevista para o final da tarde de ontem a chegada a Xambioá de mais uma testemunha para ajudar no trabalho.
De acordo com ela, surgindo novas testemunhas, o trabalho do grupo pode se ampliar. "Pode ser que surjam outras áreas com indicativos de covas e, isso acontecendo, com certeza rastrearemos novos locais", afirmou.


Os jornalistas JOSÉ EDUARDO RONDON e ALAN MARQUES viajaram em avião da FAB, a convite da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, no trecho Brasília-Marabá (PA)


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