São Paulo, domingo, 08 de abril de 2001

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PAINEL

Portas abertas
A demissão de apadrinhados de ACM não prejudicou a relação do governo federal com a Propeg, agência de publicidade ligada ao pefelista baiano. Na semana passada, a agência ganhou a conta da campanha de racionalização de energia, avaliada em cerca de R$ 20 milhões.

Velhos amigos
A campanha "Poupe Energia" foi apresentada na quarta-feira por Fernando Barros (Propeg) a José Jorge (Minas e Energia). Na sala, estavam também o deputado carlista José Carlos Aleluia e o ministro Andrea Matarazzo (Comunicação de Governo).

Baixa audiência
Paulo Renato (Educação) telefonou para emissoras de TV a fim de protestar por não estar recebendo a mesma atenção que é dedicada a José Serra (Saúde).

Made in Paraguai
A Justiça dos EUA condenou três brasileiros que vendiam computadores em Miami sem nota fiscal. A Compubras, com filial no Paraguai, deu calote de US$ 5 mi no fisco norte-americano. Os três fugiram para o Brasil. O Departamento de Justiça dos EUA pede a extradição.

Nota fria
Domingos Trofino, Geraldo Figueiredo e Heleno Figueiredo exportaram até para uma universidade de Santa Catarina. Detalhe: no material apreendido pelo FBI, há um fax com ordem "para não enviar notas fiscais de verdade". Só as falsas.

Volta ao ringue
ACM promete retomar o ataque contra Jader Barbalho nesta semana. Diz que entrará com duas ações na Justiça Federal contra ele sobre o caso Banpará.

Meu nome é Ciro
FHC está conseguindo afastar o PTB de Ciro Gomes (PPS), que precisa de aliados para viabilizar sua campanha. O tempo de TV do PPS no horário eleitoral não satisfaz nem candidato nanico.

Brigada ligeira
Alckmin (PSDB) vai colocar 300 policiais, recém-formados, a partir de terça-feira no centro de SP. A falta de policiamento na região provocou o primeiro bate-boca público entre Marta (PT) e o governador, na Fiesp.

Convocação prévia
O governador diz que a decisão de enviar os policiais ao centro foi tomada antes da briga com Marta. Ele estaria aguardando apenas a formatura do grupo na academia de policia.

Pelo gongo
Ângelo Calmon de Sá conseguiu suspender julgamento na Comissão de Valores Mobiliários, quinta-feira, de inquérito em que é acusado de irregularidades no grupo Econômico.

Chapéu alheio
O ex-banqueiro baiano propôs firmar um "termo de compromisso" com a CVM. O último acordo do gênero, com Sergio Cragnotti, da Bombril, envolveu a doação de R$ 1 mi para a CVM e R$ 1 mi para o programa Comunidade Solidária.

Marketing político
Duda Mendonça está há 30 dias recolhido em sua fazenda na Bahia escrevendo um livro sobre a experiência em campanhas eleitorais. Título provisório: "Nem príncipe nem sapo".

Antes da corregedoria
Em 94, preocupava os empreiteiros a promessa do então candidato FHC de que faria uma auditoria sobre a dívida federal com essas empresas. No governo, FHC abandonou a idéia de manter um grupo permanente de investigação sobre o setor.

Obra política
O Instituto Teotonio Vilela lançará dia 21 um livro sobre a trajetória de Mário Covas.

Disputa continua
A Prefeitura de São Bernardo diz que foi regular a contratação da Giagui para obras viárias por R$ 143,5 mi. A Justiça negou liminar ao Sinduscon-SP. O sindicato, que suspeita de direcionamento, não desistiu da ação. O mérito do mandado de segurança ainda não foi julgado.

TIROTEIO

De Aloizio Mercadante (PT), sobre a possível candidatura de Pedro Malan (Fazenda):
- Malan é um ótimo candidato. A prefeito de Miami.


CONTRAPONTO

Sem preconceitos

Deputado estadual na Bahia em primeiro mandato, o petista Zé das Virgens penou para conseguir ser eleito.
Em 92, Zé das Virgens disputou uma cadeira na Câmara Municipal de Irecê, no sertão da Bahia, repetindo o bordão:
- Vote no Zé das Virgens, o melhor candidato da oposição!
Mas o político não teve sucesso e continuou sem mandato.
Dois anos depois, Zé das Virgens candidatou-se à Assembléia. Com o mesmo bordão, foi novamente derrotado.
Um experiente político local avaliou que o nome do candidato era o motivo das derrotas:
- Todo mundo pensa que você é candidato só das virgens. Como há poucas eleitoras virgens, você é mal votado.
Na eleição de 98, Zé das Virgens trocou o bordão:
- Vote no Zé das Virgens, das mulheres e dos homens.
Foi eleito deputado estadual.


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