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Presidente do PSDB pede pressa para oficializar candidatura de Alckmin
Sérgio Guerra diz que "ainda não há clareza" entre tucanos e democratas em SP
CATIA SEABRA
FERNANDO BARROS DE MELLO
DA REPORTAGEM LOCAL
Diante da tendência de crescimento da ministra Marta Suplicy (PT), o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio
Guerra (PE), recomendou
pressa na oficialização da candidatura de Geraldo Alckmin à
Prefeitura de São Paulo. Ontem, Alckmin desembarcou em
Brasília em busca de apoio.
"Não pode tardar. Temos
uma candidatura posta de um
lado [do PT], e dois possíveis
nomes no outro campo", afirmou Guerra, após encontro
com o governador de Minas,
Aécio Neves (PSDB).
À saída, Guerra afirmou que,
"do ponto de vista do PSDB, no
Brasil inteiro, há uma identidade, um apoio à candidatura do
doutor Geraldo". Guerra disse
que a candidatura de Marta está "recomposta" porque "ainda
não há clareza" entre tucanos e
democratas.
Segundo a última pesquisa
Datafolha -realizada nos dias
25 e 26 de março- Marta subiu
quatro pontos desde fevereiro.
Com 29% de preferência, ela
divide com Alckmin (28%) a liderança pela prefeitura.
Preocupados, alckmistas defendem o lançamento da candidatura até o fim da semana que
vem. Mas, no PSDB, há quem
pregue o adiamento da decisão.
Hoje, Alckmin almoça com senadores do PSDB e se reúne
com deputados. A expectativa é
que a agenda acelere a definição. A mobilização tende a tensionar a relação com o DEM.
Em suas conversas, o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), não esconde sua insatisfação com rumores de que
estaria disposto a abrir mão em
favor de Alckmin. Reclama da
atuação de tucanos, especialmente o presidente municipal
do PSDB, José Henrique Lobo.
Em artigo publicado na Folha em 31 de março, Lobo pregou a "densidade eleitoral" como critério de escolha do candidato do bloco. Nas conversas,
Kassab diz que Lobo foi escalado como magistrado. Mas favorece Alckmin.
"Ele [Kassab] manifestou
contrariedade no fim de semana", contou o vice-governador
Alberto Goldman, acrescentando: "Densidade eleitoral só
se mede na eleição".
O DEM reagiu. O presidente
da sigla, Rodrigo Maia (RJ),
cancelou reunião com Lobo. E
democratas tiveram de reafirmar a candidatura Kassab.
"Quem está hoje numa jogada
perigosa é o Alckmin. Vamos
ver se, com o tempo, ele entende isso", disse o ex-presidente
do DEM Jorge Bornhausen.
Na sexta-feira, uma porta para a aliança se fechou. Ainda
que remota, acabou a possibilidade de Kassab (DEM) aceitar
ser o vice de Alckmin.
Segundo duas resoluções do
TSE (Tribunal Superior Eleitoral), um vice-prefeito que assuma a vaga do prefeito eleito deve se descompatibilizar do cargo até seis meses antes da eleição, caso queira voltar a concorrer como vice-prefeito ou
outro cargo eletivo, como vereador, por exemplo.
O primeiro turno da eleição
deste ano será em 5 de outubro.
O prazo para que Kassab deixasse o cargo para ser vice acabou no último dia 5.
De acordo com a legislação,
caso queira concorrer à reeleição, Kassab não precisa se descompatibilizar do cargo.
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