LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

Desde que iniciou sua vida pública, o novo ministro da Previdência Social, Waldeck Ornélas (PFL), sempre esteve ligado ao grupo político comandado pelo presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL).
Aos 52 anos, o advogado Waldeck Ornélas começou sua carreira política no final da década de 60, na Prefeitura de Salvador. À época, era oficial de gabinete da Secretaria de Viação e Obras Públicas da prefeitura.
O senador Antonio Carlos Magalhães era o prefeito da capital baiana.
No início dos anos 70, Ornélas trabalhou como assessor técnico da Secretaria de Urbanismo da Prefeitura de Salvador.
Depois de fazer um curso no Peru (o ministro da Previdência Social foi bolsista da Organização dos Estados Americanos), Ornélas voltou a trabalhar com o senador Antonio Carlos Magalhães.

Desembanco
Em 1982, foi nomeado por Antonio Carlos superintendente do Desembanco (Banco de Desenvolvimento da Bahia).
Ainda na segunda administração do governo do atual presidente do Congresso, Ornélas foi secretário do Planejamento.
Esse mesmo cargo, Ornélas voltou a ocupar entre 1991 e 1994 -terceiro mandato do então governador ACM.
Deputado federal por duas legislaturas, Waldeck Ornélas foi eleito senador na mesma chapa de seu "padrinho político".

Contestação
Até hoje a eleição de Ornélas é contestada pelos partidos oposicionistas da Bahia.
O ex-governador petista Waldir Pires perdeu a segunda vaga ao Senado para Ornélas (PFL) por uma diferença de 3.014 votos -menos de 0,1% dos votos válidos.
Os advogados de Pires pediram ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral) a recontagem de 8.389 urnas. O pedido foi negado pelo Tribunal Regional Eleitoral, mas os advogados do ex-governador do PT recorreram da decisão.
Em seu pedido, apresentado duas semanas após as eleições de 94, Waldir Pires alegou que alguns votos dados a Antonio Carlos Magalhães teriam sido transferidos para Ornélas.
Nascido em Ipiaú (353 km de Salvador), Waldeck Ornélas é casado e tem dois filhos.



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