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Agricultor confessa crime
da Agência Folha, em Florianópolis
O agricultor José Cunha confessou ontem, em depoimento
à polícia, que matou, na manhã de domingo, o sem-terra
Sadi Padilha, acampado em
uma fazenda em Abelardo Luz
(oeste de Santa Catarina).
Cunha estava foragido e,
acompanhado de um advogado, apresentou-se ontem pela
manhã ao delegado Plínio Gomes Neto, de Clevelândia (PR),
onde aconteceu o crime.
O agricultor foi liberado após
o depoimento. Ele vai responder ao inquérito e ao processo
em liberdade porque não houve flagrante.
Em seu depoimento, Cunha
negou que disputas por terra
tivessem motivado seu crime.
Ele disse que matou o sem-terra depois de uma briga de bar.
Segundo Cunha, os dois
eram conhecidos e passaram a
noite bebendo juntos. Acabaram brigando devido a um jogo de sinuca. Ele disse que, bêbado e com medo de morrer,
acabou dando um tiro no rosto
de Padilha.
A direção do MST catarinense não acredita na versão de
Cunha, que trabalha em uma
fazenda já invadida.
"Quem vai acreditar nessa
história absurda? É óbvio que
está vinculado com o conflito
agrário", disse o coordenador
estadual Dirceu Vieira.
O MST afirma que a morte
foi encomendada e que outros
sem-terra estariam marcados
para morrer.
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