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Relatório de CPI deve causar impasse
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A suspensão das verbas para
projetos em implantação financiados pela extinta Sudene, incluindo o da empresa que foi do
ministro Fernando Bezerra (Integração Regional), deve causar impasse na votação do relatório da
CPI do Finor, hoje, na Câmara.
A medida foi sugerida no relatório parcial do deputado José Pimentel (PT-CE), mas não foi acatada pelo relator-geral da CPI,
Múcio Sá (PMDB-RN), aliado de
Bezerra. Pimentel apresentou
emenda para suspender verbas
dos 272 projetos em implantação.
Pela emenda, o dinheiro só seria
liberado após auditoria da Secretaria Federal de Controle.
Até junho do ano passado, os
projetos haviam recebido R$
1,495 bilhão. Eles deveriam ter sido implantados em três anos, mas
estão em processo de implementação há pelo menos nove anos.
Embora o projeto da Metasa
(Metais do Seridó S.A.), que foi
comandada por Bezerra durante
nove anos, esteja entre eles, a suspensão dos repasses será inócua.
O projeto já recebeu R$ 6,6 milhões, ou 98,9% do total.
Pimentel disse ontem que vai
pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União), à Secretaria Federal
de Controle, à Procuradoria Geral
da República e à Ouvidoria Geral
da União a imediata abertura de
auditoria na Metasa.
O projeto da Metasa foi aprovado em 1986, em nome de Benivaldo Alves de Azevedo, ex-secretário-executivo do ministério de
Bezerra. Azevedo saiu acusado de
envolvimento no esquema de
corrupção na extinta Sudam.
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