São Paulo, terça-feira, 08 de maio de 2001

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Relatório de CPI deve causar impasse

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A suspensão das verbas para projetos em implantação financiados pela extinta Sudene, incluindo o da empresa que foi do ministro Fernando Bezerra (Integração Regional), deve causar impasse na votação do relatório da CPI do Finor, hoje, na Câmara.
A medida foi sugerida no relatório parcial do deputado José Pimentel (PT-CE), mas não foi acatada pelo relator-geral da CPI, Múcio Sá (PMDB-RN), aliado de Bezerra. Pimentel apresentou emenda para suspender verbas dos 272 projetos em implantação.
Pela emenda, o dinheiro só seria liberado após auditoria da Secretaria Federal de Controle.
Até junho do ano passado, os projetos haviam recebido R$ 1,495 bilhão. Eles deveriam ter sido implantados em três anos, mas estão em processo de implementação há pelo menos nove anos.
Embora o projeto da Metasa (Metais do Seridó S.A.), que foi comandada por Bezerra durante nove anos, esteja entre eles, a suspensão dos repasses será inócua. O projeto já recebeu R$ 6,6 milhões, ou 98,9% do total.
Pimentel disse ontem que vai pedir ao TCU (Tribunal de Contas da União), à Secretaria Federal de Controle, à Procuradoria Geral da República e à Ouvidoria Geral da União a imediata abertura de auditoria na Metasa.
O projeto da Metasa foi aprovado em 1986, em nome de Benivaldo Alves de Azevedo, ex-secretário-executivo do ministério de Bezerra. Azevedo saiu acusado de envolvimento no esquema de corrupção na extinta Sudam.


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