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PREVIDÊNCIA
Maurício Rands diz que seu passado não o influenciará no relatório
Relator foi advogado de sindicatos ligados à CUT
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O deputado Maurício Rands
(PT-PE), 41, escolhido para ser relator da reforma da Previdência
na CCJ (Comissão da Constituição e Justiça) da Câmara, afirmou
ontem que seu passado de vínculo
com servidores não influenciará
no seu relatório.
Doutor em Ciência Política pela
universidade de Oxford (Reino
Unido), Rands foi advogado de
sindicatos ligados à CUT (Central
Única dos Trabalhadores).
"Vou relatar com isenção, à luz
da Constituição. Todas as minhas
vinculações ajudaram a montar
meus pontos de vista, mas não
vão condicionar meu relatório. O
que vai condicionar é a Constituição e o interesse maior da sociedade", afirmou.
Folha - A questão dos inativos é o
ponto mais polêmico?
Maurício Rands - Evidentemente
é uma das matérias que suscita
polêmica e será examinada com
controle e equilíbrio pela comissão. A condução de uma reforma
constitucional tem que ser feita
obedecendo à lei e à Constituição.
Folha - Qual é a sua posição?
Rands - Isso seria antecipar o
mérito. Há ponderações sustentando ambas as posições [constitucional ou inconstitucional]. A
Comissão de Constituição e Justiça vai apreciar a constitucionalidade do conjunto do texto, vamos
examinar cada um dos dispositivos à luz da constitucionalidade.
Folha - Como o sr. avalia a ação do
governo para "filtrar" as emendas
propostas pela base de apoio?
Rands - É natural que a base aliada seja chamada a ter uma interlocução mais próxima com a proposta do poder Executivo. É um
procedimento normal em qualquer parlamento do mundo.
Folha - O sr. foi advogado de servidores em Pernambuco. Como enfrenta agora a possibilidade de relatar um texto que deve sofrer oposição desses servidores?
Rands - Vou relatar com isenção.
Todas as minhas vinculações ajudaram a montar meus pontos de
vista, mas não vão condicionar
meu relatório. O que vai condicionar é a Constituição e o interesse
maior da sociedade.
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