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São Paulo, quinta-feira, 08 de maio de 2003

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PREVIDÊNCIA

Maurício Rands diz que seu passado não o influenciará no relatório

Relator foi advogado de sindicatos ligados à CUT

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O deputado Maurício Rands (PT-PE), 41, escolhido para ser relator da reforma da Previdência na CCJ (Comissão da Constituição e Justiça) da Câmara, afirmou ontem que seu passado de vínculo com servidores não influenciará no seu relatório.
Doutor em Ciência Política pela universidade de Oxford (Reino Unido), Rands foi advogado de sindicatos ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores).
"Vou relatar com isenção, à luz da Constituição. Todas as minhas vinculações ajudaram a montar meus pontos de vista, mas não vão condicionar meu relatório. O que vai condicionar é a Constituição e o interesse maior da sociedade", afirmou.
 

Folha - A questão dos inativos é o ponto mais polêmico?
Maurício Rands -
Evidentemente é uma das matérias que suscita polêmica e será examinada com controle e equilíbrio pela comissão. A condução de uma reforma constitucional tem que ser feita obedecendo à lei e à Constituição.

Folha - Qual é a sua posição?
Rands -
Isso seria antecipar o mérito. Há ponderações sustentando ambas as posições [constitucional ou inconstitucional]. A Comissão de Constituição e Justiça vai apreciar a constitucionalidade do conjunto do texto, vamos examinar cada um dos dispositivos à luz da constitucionalidade.

Folha - Como o sr. avalia a ação do governo para "filtrar" as emendas propostas pela base de apoio?
Rands -
É natural que a base aliada seja chamada a ter uma interlocução mais próxima com a proposta do poder Executivo. É um procedimento normal em qualquer parlamento do mundo.

Folha - O sr. foi advogado de servidores em Pernambuco. Como enfrenta agora a possibilidade de relatar um texto que deve sofrer oposição desses servidores?
Rands -
Vou relatar com isenção. Todas as minhas vinculações ajudaram a montar meus pontos de vista, mas não vão condicionar meu relatório. O que vai condicionar é a Constituição e o interesse maior da sociedade.


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