São Paulo, domingo, 08 de maio de 2005

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Tucanos acirram disputa interna por candidato em 2006

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao marcar posição contra a gestão Lula e o PT em ato político-eleitoral na quarta, em Brasília, o PSDB acirrou disputa interna pela candidatura do partido a presidente em 2006.
No cenário de hoje, a briga mais dura é entre os governadores Geraldo Alckmin (SP) e Aécio Neves (MG). O primeiro tem leve vantagem. O segundo, que sinalizava até pouco tempo que seu plano presidencial aconteceria em 2010, avalia a hipótese de concorrer contra eventual candidatura do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso se disse fora do páreo. Mas, nos bastidores, deixa brecha para concorrer. FHC está em plena atividade política contra Lula e o PT. Seria candidato no caso de uma grave crise política ou econômica tornar Lula presa fácil.
Na avaliação dos políticos de diversos partidos que ouviram FHC bater duro no governo, o ex-presidente é sincero ao dizer que prefere não ser candidato. Ele é visto como o aglutinador de forças que estiveram juntas em seu governo e como o grande árbitro da escolha do candidato tucano.
FHC fez articulado improviso de 21 minutos no qual sinalizou que a campanha presidencial contra Lula será dura. Disse, por exemplo, que a economia não cresce mais devido a "indecisões, incertezas e incompetências" do PT.
A corte de Alckmin e Aécio a FHC ficou evidente no ato do PSDB. Após o evento, os dois almoçaram com FHC.
O prefeito de São Paulo, José Serra, colocou-se fora da disputa. Avalia que o partido precisa escolher logo um candidato. Prefere Alckmin. Porém, como FHC, não afasta completamente a possibilidade de concorrer em 2006. (KA)


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