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MÍDIA
26ª Conferência Anual da ONO acontece pela 1ª vez fora da Europa ou dos EUA
Ombudsmans de 12 países se encontram em São Paulo
DA REDAÇÃO
Ombudsmans de 12 países participam até quarta-feira em São
Paulo da 26ª Conferência Anual
da ONO (Organização de Ombudsmans de Notícias, na sigla
em inglês). Eles discutirão a situação da mídia no mundo -principalmente na América Latina- e
ameaças à credibilidade dos
meios de comunicação. O evento
é organizado pela Folha e por seu
ombudsman, Marcelo Beraba.
É a primeira vez que a ONO,
criada em 1980 e atualmente presidida por Ian Mayes, ombudsman do jornal inglês "The Guardian", promove seu encontro fora
de uma cidade européia ou norte-americana. Como as demais conferências da entidade, esta também é fechada ao público.
Em coquetel de boas-vindas aos
participantes do encontro da
ONO ontem à noite, a editora-executiva da Folha, Eleonora de
Lucena, lembrou que o jornal foi
o primeiro no país a adotar o cargo de ombudsman, em 1989.
"Aprendemos a enxergar nossos
erros e nossas deficiências pelos
olhos de outros -pelos olhos de
nossos leitores", disse.
Mayes, presidente da ONO,
considerou que a organização tomou a decisão "acertada" ao promover o evento em São Paulo e
que os participantes esperavam
"aprender muito sobre a situação
da mídia na América Latina".
Fórum Folha
Após o término da conferência,
na quarta-feira, a Folha promoverá o Fórum Folha de Jornalismo,
que será aberto ao público que se
inscreveu para assistir às mesas-redondas. As vagas, 500 para cada
painel, eram gratuitas e se esgotaram na última sexta-feira.
O Fórum terá quatro debates
com a participação de especialistas estrangeiros da mídia dos
Estados Unidos, do Reino Unido,
da Argentina e da Venezuela, entre outros. O primeiro painel, no
dia 10 à tarde, terá por tema
"Transparência e Qualidade Jornalística". O segundo, no mesmo
dia, abordará "Poder e Jornalismo na América Latina".
A terceira mesa-redonda, no dia
11, discutirá "Jornalismo e Democracia". A última, também na
quinta-feira, terá como tema "Os
Limites da Reportagem" (veja
quadro nesta página com a programação e os participantes).
O atual modelo do ombudsman
na mídia surgiu em 1967 num jornal de Louisville (EUA). Nessa
forma, adotada pela Folha em
1989, o ombudsman tem total
independência para criticar o jornal. Ele não pode sofrer nenhum
constrangimento da empresa.
O trabalho dos ombudsmans é
zelar por exatidão, imparcialidade e equilíbrio do noticiário,
encaminhando queixas e consultas dos leitores e acelerando a
correção das informações erradas
-o que contribui para aumentar
a credibilidade dos veículos.
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