São Paulo, segunda-feira, 08 de julho de 2002 |
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PAINEL Oposição da oposição Descontentes com o rumo "light" do PT, tendências de esquerda têm discutido internamente a possibilidade de deixar o partido após a eleição presidencial, mesmo no caso de vitória de Lula. Falam até na fundação de um novo partido. Longe de mim A esquerda acredita estar sendo estrategicamente sufocada pela cúpula do PT. Candidaturas viáveis nos Estados - como a de Heloísa Helena (AL) e a de Edmilson Rodrigues (PA)- teriam sido preteridas por outras com menos voto, mas de discurso moderado. Tudo para afastar de Lula a imagem de radical. Pelo enquadramento Há apenas dois candidatos da esquerda petista a governador de Estado: Avenzoar Arruda (PB) e José Fritsch (SC), o primeiro da Democracia Socialista. Avenzoar, entretanto, foi obrigado a aceitar a imposição de um vice do PL em sua chapa. Caixa aberto A deputada Rita Camata (PMDB) terá a missão de arrecadar dinheiro entre mulheres empresárias para a campanha presidencial de José Serra. A candidata a vice também foi escalada para organizar comitês femininos nos Estados. Promessa de campanha Serra apresentará até o fim do mês o seu programa para segurança pública, em elaboração por Milton Seligman e Denise Frossard. O plano irá prever uma ação unificada de segurança nacional, incluindo as guardas municipais, polícias estaduais e a Polícia Federal. Plano de ação No programa de Serra, os pequenos delitos serão de responsabilidade do município. Crimes como homicídio e roubo ficarão a cargo do Estado. E os casos mais complexos -como tráfico de drogas, de armas e o contrabando- serão investigados pela Polícia Federal. Imagem é tudo Lucas Pacheco, da empresa MCI, de Antônio Lavareda, que coordenou a pré-campanha de Roseana Sarney à Presidência e que presta consultoria à de José Serra, será o marqueteiro da campanha de Fernando Collor ao governo de Alagoas. Ponto de encontro O senador Ademir Andrade (PSB), que oficialmente apóia Anthony Garotinho à Presidência, mas tem um pé na canoa de Lula (PT), terá a ajuda informal do ex-senador Jader Barbalho (PMDB) na campanha eleitoral ao governo do Pará. Questão de tempo Álvaro Dias (PDT) disse a Ciro Gomes que ele precisa escolher um palanque no Paraná, o dele ou o de Rubens Bueno (PPS). O presidenciável fez que não ouviu. Aposta que, com sua subida nas pesquisas para presidente, o senador vai parar de reclamar. Aliança branca A aliança PMDB-PSDB fez água no Amazonas. O peemedebista Gilberto Mestrinho saiu sozinho para o governo. E o tucano Arthur Virgílio disputará o Senado, apoiando a chapa Serafim Correa (PSB) e Luiz Fernando (PPB) para o Estado. Palanque reforçado A Frente Trabalhista costurou uma coligação com o PFL no Amazonas. Eduardo Braga (PPS) será o candidato ao governo, com o pefelista Omar Aziz de vice. Para o Senado, a chapa tem Jefferson Péres (PDT) e Bernardo Cabral (PFL). Estimativa eleitoral O PFL calcula que, na pior das hipóteses, elegerá 93 deputados federais. No melhor cenário, faria 130, continuando com a maior bancada no Congresso. Capital e trabalho Rui Costa Pimenta, candidato do Partido da Causa Operária à Presidência, terá o seguinte slogan: "Quem bate cartão não vota em patrão". Referência a Lula e o seu vice José Alencar (PL), que é senador e empresário. TIROTEIO Do líder do PT na Câmara, João Paulo, sobre Lula continuar em primeiro no Datafolha e Serra oscilar negativamente: - As pesquisas comprovam que o terrorismo econômico do governo não acertou Lula. Pelo contrário, atingiu o tucano. CONTRAPONTO Eleitor de carteirinha
César Borges (PFL), governador da Bahia entre 1999 e abril
deste ano, acompanhava seu
amigo Félix Mendonça, candidato a deputado federal em 90, a
comícios pelo interior da Bahia. |
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