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PAINEL
Vera Magalhães (interina) @ - painel@uol.com.br
O México é aqui
Felipe Calderón, o candidato conservador que venceu as eleições mexicanas após começar a campanha
em franca desvantagem, virou referência na campanha de Geraldo Alckmin. O conselho político convidou o prefeito Cesar Maia para fazer uma explanação
sobre as semelhanças entre a campanha de Calderón
e o quadro brasileiro na reunião da próxima semana.
O cientista político Nelson Carvalho, que trabalha
com Maia, acompanhou "in loco" a sucessão mexicana e elaborou uma análise que será levada ao comando alckmista. Para os pefelistas, além do fato de Calderón ter virado a eleição sobre López Obrador, o candidato derrotado teria pontos em seu discurso muito
parecidos com o do presidente Lula.
Devagar. Sofrerá atraso a
divulgação do programa de
governo de Lula, antes prevista para o dia 15. O coordenador do projeto, Marco Aurélio
Garcia, não compareceu à última reunião e desfalcou a comitiva do presidente à Venezuela por motivo de saúde.
Pré-datado. Preocupa a cúpula petista a freqüência com
que Lula promete a aliados
participação num eventual
novo mandato, ainda no início
da campanha. "O presidente é
o maior incentivador do salto
alto no PT", diz um deles.
Resistência. Michel Temer
e Eliseu Padilha se encontram
com Geraldo Alckmin tão logo o tucano volte da Europa.
Os dois comandarão a tentativa de aglutinar em torno do
tucano a ala do PMDB que
não se juntou a Lula.
Baixas. Oposicionistas do
PMDB comemoram rompimentos de última hora do
partido com o PT em Rondônia, no Acre e em Goiás, além
do flerte de Roberto Requião
com o PSDB. Avaliam que Lula perdeu esses palanques.
Caixa. A pedido de Geraldo
Alckmin, o vereador José Aníbal se reúne na segunda com
Miguel Reale Jr. para acertar
sua participação na arrecadação de recursos para a campanha presidencial tucana.
Replay. Os tucanos se decepcionaram com o quórum
de prefeitos no evento de lançamento das candidaturas de
Alckmin e José Serra anteontem, no Clube Pinheiros de
São Paulo. Vão repetir o evento no meio da campanha.
Duelo. O PSDB do Distrito
Federal corria ontem para
mobilizar sua claque. Quer
que o ato pró-Alckmin de hoje
na cidade-satélite de Taguatinga seja maior que o do PFL,
que reuniu 30 mil há 20 dias.
Vide bula. Nilton Monteiro, o responsável por divulgar
a chamada "lista de Furnas",
faltou ontem a uma audiência
da queixa-crime movida contra ele pelo pefelista José Carlos Aleluia (BA). Seu advogado disse que ele está tomando
remédio "tarja preta".
Seletiva. A CPI dos Sanguessugas não vai investigar
as denúncias de fraudes nos
ministérios da Educação e da
Ciência e Tecnologia. "O pior
é perder o foco", diz Carlos
Sampaio (PSDB-SP).
Fachada. A CPI vai enviar a
lista de parlamentares para
que sejam processados pelo
Conselho de Ética antes do
relatório final. Com a agenda
mínima do Congresso, a relação cairá no vazio.
Easy Rider. Atrasado para
evento que teria em Aparecida, há cerca de 20 dias, Eduardo Suplicy (PT-SP) subiu na
Harley-Davidson do filho Supla e pegou a estrada. No meio
do caminho, se arrependeu da
ousadia e chamou um táxi.
Febeapá. O deputado tucano Luiz Carlos Hauly (PR)
apresentou projeto proibindo
a convocação para a seleção
brasileira de jogadores que
atuem fora do país.
Mundo da Lua. Animado
com o envio de Marcos Pontes ao espaço, o governo abriu
crédito adicional de R$ 19 milhões no Orçamento para formação de novos astronautas.
Tiroteio
Alckmin está esquentando. Primeiro se
comparou a Juscelino, com quem não tem nada
a ver. Agora, ao Jânio, com quem tem afinidades
ideológicas. Já, já vai se comparar ao Collor.
Do deputado CARLITO MERSS (PT-SC) sobre o presidenciável do PSDB,
que adotou discurso no qual promete "varrer a corrupção", o mesmo
usado pelo ex-presidente Jânio Quadros em suas campanhas.
Contraponto
Sustentando a tese
Deputados pefelistas conversavam sobre as eleições
quando o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia
(BA), comparou Lula ao democrata Adlai Stevenson, que
perdeu duas eleições para presidente nos EUA.
-Mas no Brasil, Lula perdeu três vezes e ganhou a
quarta- rebateu o vice-líder Fernando Fabinho (BA).
Aleluia lembrou que, ao aceitar a indicação democrata
para enfrentar o republicano Dwight Eisenhower, um herói de guerra, em 1952, Stevenson lançou a célebre frase:
"Melhor perder a eleição do que ludibriar o povo". E arriscou:
-Tá aí: Lula é a inversão tupiniquim do Stevenson.
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