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Governadores exigirão de Lula mais dinheiro para fundo regional
DA AGÊNCIA FOLHA
Além dos pedidos de maior
participação dos Estados no bolo
tributário, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva receberá na reunião de hoje com os governadores
reivindicação de que o valor do
fundo de desenvolvimento regional seja maior que os R$ 2 bilhões
previstos na reforma tributária.
"Como está [o fundo], não dá
para nada", disse o governador
Marconi Perillo (PSDB-GO), representante do Centro-Oeste na
reunião. Os outros representantes
são Aécio Neves (PSDB-MG),
Germano Rigotto (PMDB-RS),
Wilma de Faria (PSB-RN) e
Eduardo Braga (PPS-AM).
Segundo Perillo, para ter um
fundo que combata as desigualdades regionais de forma efetiva,
são necessários cerca de R$ 10 bilhões/ano. "Nós temos um fundo
semelhante somente para o Centro-Oeste com R$ 1,3 bilhão por
ano. E, neste ano, em abril, já tinha acabado o dinheiro", disse.
Antes da reunião de hoje, os governadores entregaram ao governo as suas reivindicações em relação à reforma: repartição da Cide
(Contribuição de Intervenção no
Domínio Econômico) e da CPMF
e criação de dois fundos -um de
compensação das exportações e o
de desenvolvimento regional.
Rigotto (RS) disse acreditar que
a repartição da Cide e o estabelecimento de um fundo para compensar as perdas com isenção nas
exportações deverão ser incluídas
no projeto. Salientou que a Cide
não chega a fazer parte da reforma em si, pois a concessão de repasses já está prevista em lei, restando aplicá-la.
Quanto à CPMF, disse que o repasse para Estados e municípios
terá de ser negociado com o Congresso e o Executivo. Será, segundo ele, uma tratativa mais difícil.
Previdência
A respeito da reforma previdenciária, Rigotto disse que os avanços ocorreram mais rapidamente
do que previa. Segundo ele, a ampliação do subteto para o Judiciário nos Estados não altera o objetivo do governo.
A principal crítica do governador é quanto à manutenção dos
três subtetos salariais (um para
cada Poder) nos Estados.
A respeito do voto contrário de
deputados da base aliada, o governador gaúcho disse que respeita a escolha dos parlamentares,
mas considera prudente o debate
de pontos isolados, sem prejudicar a votação do conjunto da
emenda.
Dos 31 deputados gaúchos, 15
votaram a favor da reforma da
Previdência (48,38%).
(TIAGO ORNAGHI E LÉO GERCHMANN)
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