São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2004

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OUTRO LADO

Empresa diz que avaliação foi "maluca"

DA SUCURSAL DO RIO

O assessor da diretoria do grupo Lima Araújo, Paulo Roberto da Silva, qualificou de ""maluca" a avaliação das fazendas Estrela de Alagoas e Estrela de Maceió feita pelo procurador do Trabalho Loris Pereira Junior, de R$ 212,64 milhões.
Segundo o assessor, o procurador não se baseou na avaliação de peritos especializados e fez, ele próprio, cálculo do valor das propriedades. Para a empresa, a cifra está superestimada.
Paulo Silva disse que os acionistas admitem entregar as propriedades ao governo pelo valor calculado pelo procurador do Trabalhador. ""Concordamos em entregar 40% desse valor para indenização, desde que o governo nos devolva os 60% restantes", afirmou. Para o assessor, o valor real de mercado das duas fazendas não ultrapassaria a R$ 18 milhões.
Segundo Paulo Silva, a Lima Araújo Agropecuária tinha vendido parte da fazenda Estrela de Maceió quando foi fiscalizada e autuada em 1998. Ele diz que os trabalhadores resgatados pela fiscalização não prestavam serviço ao grupo alagoano, mas ao proprietário que havia adquirido parte das terras.
Ele não soube informar quando teria ocorrido a venda de parte da fazenda, mas disse que a documentação está no processo judicial.
O assessor nega que as fazenda possuam 40 mil cabeças de gado (seriam 9.000).
Ele critica o Ministério Público do Trabalho por pedir uma indenização com base no valor da propriedade. ""A punição por um crime tem de ser igual para todos. Não tem cabimento jurídico estipular uma multa pelo valor da propriedade. A ação cairá por falta de consistência."


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