São Paulo, sábado, 08 de agosto de 2009

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Demissão de secretários sela racha entre PMDB e PT na Bahia

Sete deputados deixam base de Jaques Wagner; para Geddel, governo é "medíocre"

MATHEUS MAGENTA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR

De olho nas eleições ao governo da Bahia em 2010, o ministro Geddel Vieira Lima (Integração Nacional) formalizou o racha entre o PMDB e o PT do governador Jaques Wagner, que tentará a reeleição.
Após meses de ofensas e críticas abertas, foram entregues anteontem ao governador cartas de demissão dos secretários estaduais Rafael Amoedo (Indústria, Comércio e Mineração) e Batista Neves (Infraestrutura), ambos do PMDB.
Na ocasião, Geddel avaliou o governo do PT como "medíocre". Sete deputados estaduais do PMDB deixaram a base aliada, mas Wagner ainda mantém a maioria das cadeiras na Assembleia Legislativa.
Sem comentar as críticas, Wagner disse que trabalhou para manter o PMDB na base. Segundo ele, o presidente Lula lhe pediu "paciência", visando a aliança entre os dois partidos na eleição presidencial.
Apesar do rompimento, Geddel reafirmou que apoiará a escolha de Lula para sua sucessão. Dilma Rousseff (Casa Civil) é o nome mais cotado.
Geddel comanda um ministério estratégico, principalmente por causa dos recursos repassados a prefeituras no Nordeste, onde o PSDB tem seu pior desempenho eleitoral. Ele afirmou ser fiel a Lula, mas que depende da direção nacional do PMDB para formalizar apoios.
Na Bahia, a relação entre PT e PMDB está abalada desde a eleição para a Prefeitura de Salvador no ano passado, quando secretários petistas deixaram a administração do peemedebista João Henrique para concorrer com candidatura própria.
Os partidos se aliaram em 2006, quando conseguiram eleger Wagner após 16 anos de hegemonia do DEM, liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães, morto em 2007.


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