São Paulo, sábado, 8 de agosto de 1998

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PAINEL

Cano duplo
A campanha de TV de Ciro terá dois pilares. Baterá no fato de Lula nunca ter tido um cargo executivo, vendendo a experiência do candidato como prefeito, governador e ministro. E tentará dividir com FHC a paternidade do Real, lembrando sua participação no lançamento do plano.

Na geladeira
Ciro (PPS) já está gravando os sete primeiros programas de TV. Avalia que só após os dez primeiros dias do horário eleitoral poderá ter chance de entrar no debate, que já se encontra polarizado entre FHC e Lula.

Precisa de voto
O ministro Serra (Saúde) ataca a caravana que tucanos desconhecidos em São Paulo planejam fazer ao Estado para "ajudar" na campanha do PSDB: "O Covas não precisa de mutirão".


Trapalhada baiana
Do presidente da OAB, Reginaldo de Castro, sobre os 17,6 milhões de cartas que Waldeck Ornélas (Previdência) mandou a aposentados para ajudar na eleição de FHC: "Com correligionários como esse, o presidente não precisa de inimigos".

Mote de campanha
Adesivos de carros de Salvador: "A Bahia não é curral. Vote em João Durval (PDT)".

Ato falho
Do tucano Arthur Virgílio, sobre Ilmar Galvão dizer que, se FHC ganhar no 1º turno, facilita a vida do TSE: "É um eleitor ilustre do presidente".

Não custa sonhar
Uma reforma ministerial antes do 2º turno, em caso de FHC se reeleger no 1º, seria vantajosa para os dirigentes partidários. Haveria menos ministeriáveis devido aos candidatos que estariam disputando o 2º turno.


Memória
Na comemoração de seu 1º aniversário, em novembro, a Anatel vai batizar dois prédios que herdou da Telebrás, em Brasília, de Sérgio Motta e de Luís Eduardo Magalhães. Consultados, os familiares concordaram.

Pela janela
É de 80 o número de ex-censores que assumirão cargos de delegados ou peritos da Polícia Federal beneficiados pela legislação que permitiu o reaproveitamento deles sem concurso.

Oportunismo explícito
O caso do "maníaco do parque" virou palanque para políticos em São Paulo. Ademar Gomes e Conte Lopes, ambos candidatos a deputado estadual pelo PPB, já deram um jeito de aparecer para as câmeras de TV.

Malandragem cortada
Joseph Couri, candidato a presidente da Fiesp, foi duramente desautorizado a se dizer articulador da Frente Parlamentar de Apoio à Micro e Pequena Empresa pelo coordenador do grupo, Augusto Nardes (PPB-RS).

Paranóia eleitoral
Um empresário foi barrado ontem no prédio da SAE (Secretaria de Assuntos Estratégicos) em Brasília. Razão: no seu carro havia um plástico de José Roberto Arruda, candidato do PSDB ao governo do Distrito Federal.

Algo a esconder
O comitê de Covas resolveu não divulgar a lista dos 439 prefeitos que teriam ido ao ato de apoio à reeleição do tucano. Alega que não quer ajudar Maluf.

Coronéis em guerra
Gonzaga Mota (PMDB) alugou em Minas um helicóptero para sua campanha ao governo do Ceará. Diz que não conseguiu nenhum em Fortaleza porque as empresas temiam desagradar ao governador Tasso (PSDB).

Visita à Folha
Marcello Marcondes Machado, diretor da Faculdade de Medicina da USP, presidente do Conselho Curador da Fundação Faculdade de Medicina e presidente do Conselho Deliberativo do Hospital das Clínicas, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Dário Birolini, vice-diretor da Faculdade de Medicina da USP e vice-diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina, e de Celso S. Ribeiro, diretor-geral da Fundação Faculdade de Medicina.

TIROTEIO

Do deputado estadual Paulo Teixeira (PT-SP), sobre o presidente do TSE, Ilmar Galvão, ter dito que a vitória de FHC no 1º turno "facilitaria" o trabalho da Justiça Eleitoral:
- Ele mostra que, além de preferir o tucano, não gosta muito de trabalhar.

CONTRAPONTO

Fuga do altar
Desde que perdeu a legenda da coligação PFL-PPB para disputar o Senado em São Paulo, Antonio Cabrera (PFL) está em cruzada contra Paulo Maluf, a quem atribui a manobra que detonou sua candidatura, substituída pela de Oscar Schmidt.
Há algumas semanas, Cabrera esteve em Gastão Vidigal, no interior do Estado. Reuniu pefelista da região e exibiu um vídeo.
Num trecho dele, há imagens de Maluf dizendo que Oscar seria candidato à Câmara.
Nessa hora, Ditinho Barbosa, um pefelista de região, começou a se agitar.
Em seguida, Cabrera mostrou gravação em que Maluf diz que apóia Cabrera para o Senado.
Desesperado, Barbosa levou as mãos à cabeça.
Depois, Maluf fala, em um trecho, que seu "casamento com Cabrera é indissolúvel".
Ao ouvir isso, Barbosa levanta, manda parar a fita e grita:
- Isso não é casamento. É uma traição explícita!

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