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USO DA MÁQUINA
Para TSE, FHC pode viajar com 2 funções
Para a OAB, Ornélas
transgrediu a ética
da Sucursal de Brasília
A Comissão de Defesa da Ética
na Política da OAB (Ordem dos
Advogados do Brasil) divulgou
nota oficial em que considera
"grave violação dos preceitos éticos" a carta do ministro Waldeck
Ornélas (Previdência) aos aposentados com críticas à oposição e
elogios ao governo do presidente
Fernando Henrique Cardoso, candidato à reeleição.
De acordo com a nota da comissão, a ação de Ornélas "fere o
princípio da equidade entre os
candidatos à Presidência da República, já que idêntico procedimento não pode ser utilizado em favor
dos demais postulantes".
A nota da OAB diz que o texto
enviado aos pensionistas e aposentados tinha por "pretexto" esclarecer a reforma da Previdência,
"que é do conhecimento público". Foi a primeira manifestação
da OAB sobre a eleição deste ano.
O presidente nacional da OAB e
da Comissão de Defesa da Ética na
Política, Reginaldo Oscar de Castro, disse que houve " quebra da
conduta ética que se espera de todos os candidatos", mas evitou
criticar diretamente o presidente
Fernando Henrique Cardoso.
"Não se pode de antemão afirmar que houve envolvimento direto do presidente da República."
Segundo o presidente da OAB, o
uso da estrutura do ministério para fazer propaganda política pode
ser enquadrado como transgressão eleitoral, irregularidade prevista na Lei das Inelegibilidades.
A OAB não pode, porém, fazer
qualquer representação à Justiça
Eleitoral contra a ação de Ornélas,
porque o acesso à Justiça Eleitoral
é reservado aos partidos e ao Mininstério Público.
Viagem presidencial
O ministro-auxiliar do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) Fernando Neves considerou válida a
transformação em viagem de
campanha à reeleição da viagem
oficial do presidente Fernando
Henrique Cardoso ao sertão da
Paraíba, em 16 de julho.
Como relator, Neves determinou o arquivamento de uma representação em que a coligação
que apóia Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) diz que essa conversão violou
a Lei Eleitoral.
O plenário do TSE ainda decidirá a questão.
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