O vice-governador de Minas Gerais, Newton Cardoso, candidato ao governo, ameaça expulsar do PMDB os partidários que estão pulando fora do seu barco para apoiar o seu maior rival na disputa, Aécio Neves (PSDB).
"Um partido só é forte quando tem coerência e unidade. É melhor um partido fraco com pessoas leais do que um partido com muita gente desleal. Quem não quiser seguir o diretório que saia. O PMDB vai cobrar lealdade", afirmou o candidato.
Esse é mais um esforço de Newton para tentar se impor na campanha, cessar a sua queda nas pesquisas e voltar a crescer para reduzir a grande diferença que o separa do tucano, que pode vencer no primeiro turno.
A cada pesquisa a debandada de peemedebistas aumenta. O caso mais explícito ocorreu há um mês, quando 96 dos 231 prefeitos do PMDB mineiro foram ao comitê de Aécio hipotecar apoio a ele.
Apesar das ameaças, um dirigente do partido disse que Newton não teria como expulsar tanta gente. O efeito que se busca com o ato é tentar barrar novas defecções. O candidato do PMDB atribui a debandada a "pressões" do Palácio da Liberdade. Itamar Franco (sem partido) disse ontem que os peemedebistas alimentam o "ódio".
Newton está 30 pontos percentuais atrás de Aécio, segundo pesquisa Ibope. O tucano tem 44%, contra 14% do peemedebista e 8% do petista Nilmário Miranda. (DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE)


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