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Público homenageia
d. Hélder em Recife
da Agência Folha
As manifestações do "Grito dos
Excluídos" organizadas pela Igreja Católica ontem em Recife incluíram uma homenagem ao arcebispo emérito de Olinda e Recife, dom Hélder Câmara, que morreu há dez dias.
Segundo a PM, cerca de 1.500
pessoas participaram de uma passeata -5.000, conforme os organizadores. Não houve incidentes.
No Ceará, os manifestantes chegaram a bloquear por meia hora a
BR-116, próximo a Fortaleza. Em
Canindé, a 150 km a sudoeste da
capital, a PM cercou o prédio da
prefeitura temendo uma invasão
de sem-terra acampados em frente ao local, o que não ocorreu.
Na Bahia, o principal ato foi
uma passeata de cerca de três quilômetros, do Campo Grande à
praça da Piedade, no centro de
Salvador. A manifestação, que
reuniu cerca de 3.000 pessoas, segundo a PM, começou logo após
o desfile de 7 de Setembro e incluiu frases de protesto contra a
política econômica do governo.
Protesto semelhante foi realizado em Colombo (PR), na região
metropolitana de Curitiba. A passeata reuniu cerca de 2.000 pessoas, segundo a PM -4.000 para
os organizadores. Uma missa foi
realizada no encerramento.
Oposição
O governador do Mato Grosso
do Sul, José Orcírio dos Santos, o
Zeca do PT, vestiu uma camiseta
do "Grito dos Excluídos" e um
boné do MST ao acompanhar a
manifestação em Campo Grande,
cujo público foi estimado pelos
organizadores em 5.000 pessoas.
O prefeito de Campo Grande,
André Puccinelli (PMDB), também permaneceu no palanque
após o desfile de 7 de Setembro e
fez críticas ao governo federal.
"Em vez de pagar a agiotagem
internacional, em vez de se submeter à vontade do PMDB e do
PFL, Fernando Henrique deveria
dar um murro na mesa e fazer reformas que mudem essa situação
de exclusão", disse o prefeito.
No Rio Grande do Sul, o governador Olívio Dutra (PT) e o prefeito de Porto Alegre, Raul Pont
(PT), participaram das manifestações. Segundo os organizadores,
o protesto reuniu 3.000 pessoas.
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