da Agência Folha

Um conflito entre a Polícia Militar e manifestantes que participavam do "Grito dos Excluídos", ontem em Belém, deixou pelo menos 15 pessoas feridas, segundo os organizadores do protesto.
Os incidentes aconteceram por volta das 10h, quando uma passeata entrava na avenida Presidente Vargas (centro de Belém), logo após o término do desfile militar, e foi barrada pela polícia.
Um cordão de isolamento foi montado, segundo a PM, para permitir a saída do palanque às autoridades. Conforme a PM, manifestantes forçaram o isolamento e a polícia reagiu com bombas de efeito moral.
O major Henrique Coelho, responsável pela operação, disse que "não houve abuso" dos policiais e negou que alguém tenha ficado ferido durante o confronto.
Ele não soube informar quantos homens foram destacados e não tinha estimativa do total de pessoas presentes ao desfile.
Manifestantes que participavam da passeata disseram à Agência Folha que a violência da PM foi desnecessária.
A administradora Amujaci Brilhante afirmou que teve 14 ferimentos pelo corpo com os estilhaços das bombas e declarou que "houve abuso da PM". "O movimento era calmo e pacífico", disse. Sua filha, de nove anos, também teve ferimentos leves.
O ato do "Grito dos Excluídos" começou às 8h com um culto ecumênico e reuniu 3.000 pessoas, segundo os organizadores.
(JAIRO MARQUES)


Texto Anterior: Líder do MST prega fechar o Congresso
Próximo Texto: Reação: FHC cobra preocupação da igreja com "convivência"
Índice