São Paulo, terça-feira, 08 de outubro de 2002

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RIO GRANDE DO SUL

Candidatos se preparam para confrontar projetos de governo

LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE

Embora o discurso oficial no Rio Grande do Sul seja de que haverá paz, a disputa de segundo turno entre os candidatos Germano Rigotto (PMDB) e Tarso Genro (PT) será a contraposição entre dois projetos administrativos opostos, devendo provocar fortes discussões e, provavelmente, ataques mútuos.
Por um lado, Rigotto, 53, tratará de criticar a atual administração petista no Rio Grande do Sul. Por outro, Tarso, 55, vinculará Rigotto ao ex-governador Antônio Britto (1995 a 1998), que deixou o PMDB para ingressar no PPS.
Ontem, Rigotto já dizia, a respeito da possibilidade de ser vinculado à administração de Britto: todos os governos têm virtudes e defeitos, inclusive, segundo ele, o atual de Olívio e o do próprio ex-peemedebista.

Herança
Desde o primeiro turno, ele procura fugir da herança ""brittista", apesar de ter sido cotado até o último momento para trocar de partido com o ex-governador, agora novamente seu aliado de primeira hora no segundo turno.
Tarso elogia os resultados econômicos e as medidas de forte apelo social tomadas pelo governador Olívio Dutra, a quem derrotou nas prévias do PT. Porém, assim como Rigotto vem fazendo em relação a Britto, o candidato petista critica a dificuldade de diálogo, que teria criados empecilhos administrativos.
De ambos os lados, as primeiras atitudes são de procurar possíveis aliados para a nova etapa da campanha e travar um duelo apenas de projetos.
Os candidatos Britto e Celso Bernardi (PPB) já se manifestaram favoravelmente com relação a Rigotto, para formar um frentão anti-PT no segundo turno.
Tarso fala em conquistar mais aliados no PDT , a favor de um "projeto popular".

Confronto
Entre uma ou outra declaração oficial pacificadora, os dois deixam claro que não afastam a possibilidade de confronto pesado.
"No primeiro turno, Rigotto não participou do debate, e agora não poderá fugir. Teremos um latifúndio na TV para apresentar nossos projetos e não apenas para nos defender", afirmou Tarso. "Vamos manter o mesmo tom do primeiro turno, apresentando propostas, mas contra-atacaremos com toda a firmeza quando o assunto merecer", rebate Rigotto.


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