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RIO GRANDE DO SUL
Candidatos se preparam para confrontar projetos de governo
LÉO GERCHMANN
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
XICO SÁ
ENVIADO ESPECIAL A PORTO ALEGRE
Embora o discurso oficial no
Rio Grande do Sul seja de que haverá paz, a disputa de segundo
turno entre os candidatos Germano Rigotto (PMDB) e Tarso Genro (PT) será a contraposição entre
dois projetos administrativos
opostos, devendo provocar fortes
discussões e, provavelmente, ataques mútuos.
Por um lado, Rigotto, 53, tratará
de criticar a atual administração
petista no Rio Grande do Sul. Por
outro, Tarso, 55, vinculará Rigotto ao ex-governador Antônio
Britto (1995 a 1998), que deixou o
PMDB para ingressar no PPS.
Ontem, Rigotto já dizia, a respeito da possibilidade de ser vinculado à administração de Britto:
todos os governos têm virtudes e
defeitos, inclusive, segundo ele, o
atual de Olívio e o do próprio ex-peemedebista.
Herança
Desde o primeiro turno, ele procura fugir da herança ""brittista",
apesar de ter sido cotado até o último momento para trocar de
partido com o ex-governador,
agora novamente seu aliado de
primeira hora no segundo turno.
Tarso elogia os resultados econômicos e as medidas de forte
apelo social tomadas pelo governador Olívio Dutra, a quem derrotou nas prévias do PT. Porém,
assim como Rigotto vem fazendo
em relação a Britto, o candidato
petista critica a dificuldade de diálogo, que teria criados empecilhos
administrativos.
De ambos os lados, as primeiras
atitudes são de procurar possíveis
aliados para a nova etapa da campanha e travar um duelo apenas
de projetos.
Os candidatos Britto e Celso
Bernardi (PPB) já se manifestaram favoravelmente com relação
a Rigotto, para formar um frentão
anti-PT no segundo turno.
Tarso fala em conquistar mais
aliados no PDT , a favor de um
"projeto popular".
Confronto
Entre uma ou outra declaração
oficial pacificadora, os dois deixam claro que não afastam a possibilidade de confronto pesado.
"No primeiro turno, Rigotto
não participou do debate, e agora
não poderá fugir. Teremos um latifúndio na TV para apresentar
nossos projetos e não apenas para
nos defender", afirmou Tarso.
"Vamos manter o mesmo tom do
primeiro turno, apresentando
propostas, mas contra-atacaremos com toda a firmeza quando o
assunto merecer", rebate Rigotto.
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