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Dirceu afirma
ignorar disputa
dentro do órgão
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro José Dirceu
(Casa Civil) disse ontem que
desconhece suposta disputa
de poder na Receita Federal,
o que teria levado o ex-secretário-adjunto do órgão Leonardo Couto a pedir exoneração no último sábado.
"Eu entendo de disputa de
poder no país, no Congresso
Nacional e, quando era presidente do PT, no PT. Na Receita não entendo", disse ele
ao tentar se esquivar de perguntas sobre a crise no órgão, alegando ser área do
ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda). O corregedor-geral Moacir Leão abriu
neste ano quatro inquéritos
para apurar suspeitas de irregularidades cometidas por
altos funcionários ou ex-integrantes da cúpula da Receita, entre eles Couto.
O ministro da Casa Civil
afirmou que não há relação
entre a crise na Receita e as
investigações de fraudes no
INSS do Rio de Janeiro, onde
uma suposta quadrilha teria
causado um prejuízo de R$
250 milhões ao fisco: "No
INSS estamos combatendo
[a corrupção] de maneira
firme e persistente e os resultados estão surgindo. Na Receita também se combate a
corrupção de maneira firme.
São duas coisas. O que temos
na Receita são denúncias
que estão sendo apuradas".
O ministro distinguiu os
supostos problemas da Receita. "Os problemas que a
Corregedoria, o Ministério
Público e o governo têm que
olhar dizem respeito ao
exercício funcional na Receita. E existe o problema da sonegação e do crime fiscal.
Nós estamos em condição
de combater ambos."
Dirceu minimizou o atrito
entre o corregedor e o secretário da Receita, Jorge Rachid. "O secretário Rachid
falou hoje [ontem] e o corregedor também ficou lá. Não
fez nenhuma acusação, nenhuma denúncia contra o
secretário Rachid, e o secretário acabou de declarar que
a Receita tem instrumentos e
tem capacidade para investigar tudo o que está acontecendo e tomar as medidas
adequadas", afirmou ele.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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