São Paulo, sexta-feira, 08 de outubro de 2004

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PAINEL

Reverso da fortuna 1
Um nome é repetido sem descanso no festival de reclamações de candidatos petistas que alegam falta de recursos para o segundo turno da campanha municipal: Delúbio Soares.

Reverso da fortuna 2
Uns dizem que o tesoureiro do PT, outrora considerado um gênio da arrecadação, atrapalhou-se no planejamento da campanha deste ano. Outros, que o desgaste de sua imagem pública afetou a entrada de dinheiro.

Pratos limpos
Sentaram-se ontem para conversar Delúbio Soares e Duda Mendonça. Segundo o PT, já estaria equacionado o pagamento de atrasados ao marqueteiro da campanha de Marta Suplicy.

Concentração de renda
Maldade tucana sobre as alegadas dificuldades financeiras de campanhas petistas: os demais candidatos estariam à míngua porque o dinheiro teria ido todo para Zeca Dirceu.

Corrente interrompida
Em busca de explicações para a suposta escassez de recursos das campanhas, há quem responsabilize a PF, por ter recentemente prendido vários doleiros -peças fundamentais nas operações de caixa dois.

Caixinha de surpresas
Cálculo petista sobre a primeira rodada de pesquisas do segundo turno paulistano, com divulgação prevista para o final desta semana e início da próxima: vantagem de Serra sobre Marta abaixo dos dez pontos será comemorada; acima dos 15, viria o estágio de cumprir tabela.

Em domicílio
Do deputado Geddel Vieira Lima, PMDB porém de oposição, sobre o encontro do presidente da República, no Planalto, com os petistas eleitos em primeiro turno nas capitais: "É a campanha Maomé. Se Lula não vai ao comício, o comício vem a Lula".

Bem na fita
Sob fogo cruzado desde a revelação dos termos do acordo Planalto-PTB, o presidente da sigla, Roberto Jefferson, saiu aliviado de encontro na tarde de anteontem com Lula, de quem ouviu: "Você atravessou o oceano sozinho. Eu te daria um cheque em branco e dormiria tranqüilo".

Bico fechado 1
Lula e José Dirceu pediram o apoio de Marconi Perillo para Pedro Wilson (PT). Ontem, Michel Temer e Joaquim Roriz foram a Goiânia tentar convencer o governador a ficar com Iris Rezende (PMDB). O tucano vai aguardar um pouco mais.

Bico fechado 2
Perillo tende para Pedro Wilson. Mas, como já perdeu no 1º turno com o candidato tucano, quer ver se o petista reage antes de subir em seu palanque.

Nasce uma estrela
O misto de bate-papo e entrevista com a petista Luizianne Lins (Fortaleza) ontem no UOL registrou audiência média de 1.100 internautas a cada dez minutos. Três semanas atrás, a cobertura da sabatina da Folha com Marta Suplicy obteve 790.

Sem intermediários
O PDT e o PL de Fortaleza viraram as costas para Luizianne. Mas o PT ainda tenta contornar o problema por meio da direção nacional das duas siglas.

Na contramão
O petista João Paulo Cunha gravou mensagem de apoio a Custódio de Mattos, líder do PSDB na Câmara dos Deputados, que disputa o 2º turno em Juiz de Fora. Na cidade mineira, o PT fechou com o PTB.

Chegou tarde
Pressionado pela direção nacional, o PT de Rio Preto (SP) ficará com Edinho Araújo (PPS). Alguns petistas da cidade já haviam declarado o voto em Manoel Antunes (PFL).

TIROTEIO

Do vereador José Américo (PT), sobre FHC ter dito que os petistas estão "fazendo uma arca de Noé" na busca por apoios:
-Escondido pela campanha de Serra, ele entra no debate pelos fundos. FHC também é ingrato ao se esquecer do trabalho de Sérgio Motta na montagem de sua base no Congresso.

CONTRAPONTO

E o Oscar vai para...

Um evento recente da campanha eleitoral reuniu no mesmo jatinho a cúpula do PFL, do presidente do partido, Jorge Bornhausen (SC), ao líder no Senado, José Agripino Maia (RN).
Conversa vai, conversa vem, os pefelistas iniciaram uma votação informal para estabelecer o que é mais difícil de agüentar em campanhas eleitorais. Não demorou para que a lista se concentrasse em dois itens: maionese e visita a feiras de artesanato.
Quando já se formava consenso em torno da maionese, alguém resolveu consultar Marco Maciel (PE), que permanecia calado. Político que tem como regra tentar conciliar posições divergentes, o ex-vice-presidente não pensou duas vezes:
-Para mim é o livro de ouro.
Trata-se de contribuição que o candidato é constrangido a fazer para eventos vários, como formaturas. Todos concordaram: o livro de ouro bateu a maionese.


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