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Candidatos petistas pedem uma solução para greve dos bancários
DA REPORTAGEM LOCAL
A pedido dos candidatos do
partido a prefeituras no segundo
turno, a Executiva Nacional do PT
decidiu apelar, formalmente, para
que o governo busque solução para a greve dos bancários. Preocupados com o impacto eleitoral do
movimento, os candidatos petistas -especialmente o prefeito de
Porto Alegre, Raul Pont- reivindicam que os bancos oficiais
abram negociação com os bancários para um acordo.
Segundo Pont, "não é possível
que com o lucro que têm os bancos não consigam chegar a um
acordo". Para o prefeito, o PT tem
de apoiar o movimento. Além do
respeito à tradição do partido, o
prefeito de Pelotas, Fernando
Marrone, admite que a base social
do PT e o governo estão sendo
atingidos pela greve.
O prefeito explica: "São os bancos públicos [Caixa Econômica
Federal e Banco do Brasil] que estão parados. Quem está prejudicado? O aposentado e o beneficiário dos programas do governo".
O prefeito de Goiânia, Pedro
Wilson, conta ter se reunido na
quarta com os bancários, que argumentaram que não é porque
está no governo que o PT vai romper com tradição de apoio ao movimento. Foi a história do partido
que o prefeito evocou numa conversa reservada ontem com o presidente do PT, José Genoino.
Além de possíveis conseqüências
eleitorais, Pedro Wilson conta
que a prefeitura ficou prejudicada: "Tivemos que pagar os salários nas lotéricas", lembrou.
A candidata do PT em Belém,
Ana Júlia, tem grevistas no comando da campanha e participou
da assembléia. "Temos que buscar solução. Não só porque o bancário deixa de se dedicar à minha
campanha porque está envolvido
com a greve. Mas trata-se de nossa base. Eu sou bancária."
(CS)
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