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Toda Mídia
Nelson de Sá
"Doha or die"
Primeiro, os EUA avisaram ao Brasil e à Índia, em
artigo no "Financial Times"
de quinta, que agora é
"sim ou não" à Rodada Doha. Depois veio editorial no
"Wall Street Journal",
na sexta, com o título "Doha or
die", Doha ou morra. E o alerta de que os dois, mais a
África do Sul, decidem a partir de hoje, em Pretória, se
vai haver acordo comercial global antes dos "ventos
protecionistas" nos EUA. "Seria uma derrota para os
pobres do mundo." A pressão foi ecoada pela Europa.
Não é o que pensam os pobres Brasil e Índia. Diz o
"Valor"
que, sob "pressão", os dois "articulam forte
comunicado" e "uma grande aliança de nações em
desenvolvimento" contra EUA e Europa. Segundo a agência IANS,
a Índia já avisou que "não concorda"
com a proposta em que "países em desenvolvimento
são chamados a fazer mais do que os desenvolvidos".
DO SUL
Agências
internacionais
e sul-americanas
dão que sai hoje,
em reunião de ministros
de finanças da Venezuela, da
Argentina e do Brasil no Rio, "o formato do Banco do Sul".
É o sonho de Hugo Chávez
contra o Banco Mundial. A
resistência do Brasil, que quer
"proporcionalidade no aporte
de capital e representação",
é a prioridade da cobertura.
"ESTRATÉGICO"
Também hoje, dizem sites financeiros,
o secretário de
Comércio dos EUA começa
"missão estratégica" pelo
Uruguai. Amanhã, Brasília.
BILHÕES...
Enquanto negocia com
Chávez o Banco do Sul, o
Brasil é um dos agraciados do
Banco Mundial dirigido pelo
americano Robert Zoellick,
no fundo para investimento
em ações "em moeda local".
Seriam US$ 5 bilhões para
Brasil, Chile e poucos mais, no
destaque de "WSJ"
e "FT".
E BILHÕES
Os mesmos vêm noticiando
dia após dia que novos fundos Bric foram criados,
que as multinacionais vão investir
mais nos Brics nos próximos três anos,
que a cada semana entram agora R$ 5 bilhões etc.
PETROBRAS VAI À ÁSIA
O japonês "Yomiuri Shinbum"
noticiou que a Petrobras
negocia a compra de uma refinaria em Okinawa, hoje da
Exxon. Seria sua "primeira base de processamento na
Ásia", para exportações de petróleo para Japão e China.
De sua parte, a China, que viu as compras de petróleo
crescerem 18% este ano e agora só perde em importação
para os EUA, segundo o site MarketWatch,
estaria para enviar uma delegação ao Brasil, segundo o site chinês
Macau Hub,
para negociar "parcerias" com a Petrobras.
IMPENSÁVEL
Na manchete no "WSJ",
a compra do ABN Amro por
um consórcio integrado pelo
espanhol Santander, que vira
o segundo banco privado do Brasil,
seria "o maior negócio"
da história, com US$ 101 bi.
Pode ser "um precedente que abre portas a negócios de proporção antes impensável"
-e sempre em consórcios.
EM FATIAS
A Dow Jones
deu que, cinco
meses depois de comprar em
consórcio a Telecom Itália, a
espanhola Telefônica avalia
que "subestimou os entraves"
no Brasil, que aprova ou não o
negócio nos próximos dias.
Já o italiano "Il Messagero"
deu que a Anatel pode propor
que diminua sua participação
no controle da Telecom Itália.
GLOBO VS. RECORD
Sob pressão por audiência, o
"Fantástico"
abriu com assaltos a ônibus, em vídeo, e o caso da "menina Madeleine". De sua parte, o "Domingo Espetacular" levou Edir Macedo de volta à cela que é capa de sua biografia.
"SHOCK AND AWE"
O fim de semana na blogosfera
de mídia dos EUA foi de
espanto com os dados do Interactive Advertising Bureau:
o Google já chegou a 40% da publicidade on-line no país.
E cresce em ritmo superior ao restante da web. Entre as
expressões usadas por TechCrunch,
BuzzMachine etc.,
"hegemonia", "gorila" e "shock and awe", choque e pavor.
DA FAVELA AO MEIO-OESTE
indystar.com
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A cadeia americana de jornais Gannett descobriu e dá relatos
e até manchetes
sobre a descoberta -e conversão- de jovens jogadores de futebol das áreas pobres do Brasil pelos devotos cristãos do interior dos EUA.
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@ - Nelson de Sá
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