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Estado enfrenta onda de denúncias
DA AGÊNCIA FOLHA
Ao assumir o governo do Piauí,
o senador Hugo Napoleão (PFL)
vai se deparar com várias denúncias de corrupção, principalmente na saúde. Cerca de 70 auditores
do Ministério da Saúde fizeram
uma devassa em hospitais, a pedido do procurador da República
no Estado, Tranvanvan Feitosa.
O relatório final ainda não foi
concluído, mas há indícios de
fraudes no SUS, como ultra-som
vaginal em homens e cirurgias em
mortos. "Não tem no dicionário
nenhuma palavra que possa medir o grau de corrupção em que o
secretário de Saúde, Paulo Lages,
está envolvido", disse a promotora Clotildes Carvalho, que participa das investigações.
Em setembro, denúncias de tráfico de influência envolvendo o filho do governador Francisco Moraes Souza Júnior, conhecido como "Mão Santinha", chefe do Gabinete Civil, levaram a Procuradoria a pedir a quebra dos seus sigilos bancário e fiscal -o que ainda não foi concedido pela Justiça.
Sobre a primeira-dama Adalgisa Moraes Souza, pesam acusações de que ela tenha distribuído
em troca de votos, durante a campanha, mercadorias contrabandeadas que foram apreendidas
pela Receita. Segundo a lei, as
mercadorias devem ser leiloadas.
Também há inquéritos correndo na Polícia Federal sobre desvios de recursos do Fundef (Fundo de Valorização do Ensino Fundamental) e sobre a suposta contratação irregular de centenas de
pessoas para trabalhar como cabos eleitorais do governador.
A segurança pública também
está em crise. Os policiais civis decidem hoje se entram em greve.
A assessoria de Mão Santa nega
as acusações, classificadas como
"corriqueiras e políticas".
Ato de desagravo
O prefeito de Teresina, Firmino
Filho (PSDB), convocou a população para "ocupar hoje o Palácio
do Karnak", sede do governo estadual, como ato de desagravo
contra a decisão do TSE de cassar
o mandato do governador. Mão
Santa está em Brasília e deve chegar hoje a Teresina.
Colaborou a Agencia Folha em Teresina
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